quinta-feira, 20 de outubro de 2011

POEMA À KALI



Ó Kali! Desta vez eu vou Te devorar...


Por isso eu te interrogo, ó Kali,


ó Kali eternamente feliz,


encantadora do coração do poderoso Mahakala Shiva.


Tu danças sozinha.


E cantas sozinha, batendo palmas.


Ó Mãe, Tu és a primeira causa,


a Eterna, sob a forma do Vazio,


levando a Lua em sua testa.


Quando o universo não existia,


onde encontrastes Teu colar de cabeças humanas decepadas?


Apenas Tu és o poder de movimento em tudo,


nós somos apenas instrumentos em tuas mãos.


Nós nos movemos quando Tu nos fazes mover,


falamos quanto Tu nos fazes falar.


Mas o inquieto Kamalakanta gentilmente Te provoca, dizendo:


"Mãe, ó Destruidora de tudo, segurando sua espada,


agora devorastes tanto minha virtude quando meu vício".


Se eu morrer repetindo: "Vitória para Kali, vitória para Kali!" [jai Kali, jai Kali],


certamente atingirei o estado de Shiva.


Então, para que serve ir até o rio Benares?


As formas de minha Mãe Kali são infinitas,


quem poderia encontrar o fim de Kali?


Sabendo um pouco sobre Sua grandeza,


Shiva se prosterna diante de Seus pés tingidos de vermelho.


Poema do shakta indiano Sadhaka Kamalakanta (aprox. 1769-1821)


http://dannyshakti.blogspot.com/

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).
Agradecida pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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