Ó Kali! Desta vez eu vou Te devorar...
Por isso eu te interrogo, ó Kali,
ó Kali eternamente feliz,
encantadora do coração do poderoso Mahakala Shiva.
Tu danças sozinha.
E cantas sozinha, batendo palmas.
Ó Mãe, Tu és a primeira causa,
a Eterna, sob a forma do Vazio,
levando a Lua em sua testa.
Quando o universo não existia,
onde encontrastes Teu colar de cabeças humanas decepadas?
Apenas Tu és o poder de movimento em tudo,
nós somos apenas instrumentos em tuas mãos.
Nós nos movemos quando Tu nos fazes mover,
falamos quanto Tu nos fazes falar.
Mas o inquieto Kamalakanta gentilmente Te provoca, dizendo:
"Mãe, ó Destruidora de tudo, segurando sua espada,
agora devorastes tanto minha virtude quando meu vício".
Se eu morrer repetindo: "Vitória para Kali, vitória para Kali!" [jai Kali, jai Kali],
certamente atingirei o estado de Shiva.
Então, para que serve ir até o rio Benares?
As formas de minha Mãe Kali são infinitas,
quem poderia encontrar o fim de Kali?
Sabendo um pouco sobre Sua grandeza,
Shiva se prosterna diante de Seus pés tingidos de vermelho.
Poema do shakta indiano Sadhaka Kamalakanta (aprox. 1769-1821)
http://dannyshakti.blogspot.com/
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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).
Agradecida pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.