O ser humano nasceu rodeado de cores e começou a usá-las intuitivamente.
No antigo Egito a Medicina também empregou as cores como recursos terapêuticos, fazendo analogias
entre as características dos sintomas ou das doenças e as cores através de substâncias como plantas e pedras
preciosas e semipreciosas.
A utilização das plantas era feita por folhas, flores ou raízes, em forma de infusões, chás, emplastros ou cataplasmas, triturados com mel ou óleos aromáticos, aplicados em curativos locais. Usavam as pedras preciosas ou semipreciosas para confeccionar amuletos, adereços e jóias, as quais além de atuarem pela ação da cor, exerciam sua influência benéfica pelas fórmulas mágicas que traziam gravadas.
No tratamento da icterícia, que se caracteriza pelo aumento de bilirrubina no sangue, com deposição desse pigmento na pele e mucosa, apresentando a coloração amarelada, era usada a cor amarela para terapia, através de flores e pedras preciosas, conforme os procedimentos já mencionados.
No caso de hemorragia, evidenciada pelo derramamento de sangue, onde se observa a sua cor vermelha, bem como de doenças cardiovasculares, utilizavam como tratamento a cor vermelha em flores e pedras preciosas.
A cianose, que provoca uma coloração azul-arroxeada na pele, é resultante de oxigenação insuficiente do sangue e se manifesta em doenças pulmonares crônicas, como fibrose e enfisema pulmonar, e também nas doenças cardíacas, como cardiopatias congênitas ou graves, como as lesões do septo cardíaco. Essa doença era tratada com flores e pedras preciosas de cor azul.
Todas essas práticas baseadas na utilização das cores como terapia médica levavam em consideração a analogia entre a cor com a qual se manifestava o sintoma ou a doença e a cor usada para a cura. Os médicos egípcios acreditavam na ação neutralizante das cores a tal ponto que irradiavam, de maneira localizada, a coloração idêntica pela qual se apresentava determinada patologia.
Muitos templos no antigo Egito possuíam as Hat Ankh ou Castelos da Vida, ou ainda Sanatórios de Cura, que eram construídos em pedra ou em tijolos, onde os sacerdotes-médicos faziam os tratamentos de hidroterapia, sonoterapia, hipnose e a cromoterapia pelo uso de flores e pedras preciosas.
Além dessas cores, os egípcios também usavam as tonalidades:
Branco - Manifesta a pureza. Os egípcios se vestiam sempre de branco.
Negro - Representa as transformações eternas ou as transmutações.
Concluindo, pode-se dizer que a Cromoterapia teve origem no antigo Egito há aproximadamente 2800 anos a.C., iniciando com o uso terapêutico de flores, pedras preciosas e semipreciosas de diversas cores, conforme a sua semelhança com as características apresentadas pelas doenças.
Posteriormente, com a fabricação do vidro colorido translúcido, e com as pesquisas médicas sobre a função das cores na recuperação de pacientes, a Cromoterapia foi adotada internacionalmente, com sucesso.
Fonte:
A utilização das plantas era feita por folhas, flores ou raízes, em forma de infusões, chás, emplastros ou cataplasmas, triturados com mel ou óleos aromáticos, aplicados em curativos locais. Usavam as pedras preciosas ou semipreciosas para confeccionar amuletos, adereços e jóias, as quais além de atuarem pela ação da cor, exerciam sua influência benéfica pelas fórmulas mágicas que traziam gravadas.
No tratamento da icterícia, que se caracteriza pelo aumento de bilirrubina no sangue, com deposição desse pigmento na pele e mucosa, apresentando a coloração amarelada, era usada a cor amarela para terapia, através de flores e pedras preciosas, conforme os procedimentos já mencionados.
No caso de hemorragia, evidenciada pelo derramamento de sangue, onde se observa a sua cor vermelha, bem como de doenças cardiovasculares, utilizavam como tratamento a cor vermelha em flores e pedras preciosas.
A cianose, que provoca uma coloração azul-arroxeada na pele, é resultante de oxigenação insuficiente do sangue e se manifesta em doenças pulmonares crônicas, como fibrose e enfisema pulmonar, e também nas doenças cardíacas, como cardiopatias congênitas ou graves, como as lesões do septo cardíaco. Essa doença era tratada com flores e pedras preciosas de cor azul.
Todas essas práticas baseadas na utilização das cores como terapia médica levavam em consideração a analogia entre a cor com a qual se manifestava o sintoma ou a doença e a cor usada para a cura. Os médicos egípcios acreditavam na ação neutralizante das cores a tal ponto que irradiavam, de maneira localizada, a coloração idêntica pela qual se apresentava determinada patologia.
Muitos templos no antigo Egito possuíam as Hat Ankh ou Castelos da Vida, ou ainda Sanatórios de Cura, que eram construídos em pedra ou em tijolos, onde os sacerdotes-médicos faziam os tratamentos de hidroterapia, sonoterapia, hipnose e a cromoterapia pelo uso de flores e pedras preciosas.
Esses procedimentos eram rigorosamente supervisionados pelos sacerdotes especializados, iniciados nos
mistérios da magia e profundos conhecedores dessas ervas e pedras curativas.
As substâncias mais empregadas nos tratamentos de cura eram: estramônio, beladona (usada como antiespasmódico e como estimulante cardíaco e respiratório), meimendro, de onde se extrai os alcalóides hiocinamina e escopolamina, o ópio (suco da Papoula), cujos alcalóides são a morfina e o láudano, com efeitos anestésico, alucinógeno e narcótico. Conheciam o poder anestésico das sementes da flor-de-lótus e da papoula que, após serem torradas e moídas, eram colocadas sobre feridas. E também usavam a famosa mandrágora.
O Templo de Kom Ombo parece ser o único que ainda conserva as Hat Ankh, que podem ser vistas na parte final do mesmo, em número de sete.
Também no templo de Esna existe uma invocação ao Deus Knum, gravada nas colunas da sala hipóstila, que comprova terem existido as Hat Ankh:
“Como é bela a tua face quando estás na Hat Ankh curando os doentes e libertando do mal aqueles que te procuram.”
A maioria dessas construções Hat Ankh, que se situavam atrás do Templo, não existem mais, pois foram destruídas pelo tempo. O Templo de Dendera mantém vestígios dessas instalações e suas ruínas podem ser observadas do terraço do templo principal, conforme estudos do pesquisador Daumas, em 1957, que confirmou sua destinação como sanatórios de cura.
Essas Hat Ankh egípcias foram as precursoras dos sanatórios de cura - Asclépias - que os gregos iriam fundar em seus bosques sagrados, séculos mais tarde.
Segundo o Prof. Reuben Amber, autor do livro “Cromoterapia - A Cura Através das Cores", o Egito foi o país pioneiro no uso da Cromoterapia. Relata ele que arqueólogos encontraram em alguns templos egípcios evidências de pequenas salas construídas com uma abertura no teto de modo a permitir a entrada do Sol, onde os pacientes recebiam o tratamento.
Relata esse professor que os egípcios também utilizavam a água solarizada como remédio.
Tempos depois, é provável que o vidro colorido tenha sido usado em terapias assim como eram utilizadas as pedras preciosas e semipreciosas.
Sabe-se que o vidrado era conhecido no Egito desde o Antigo império e que a primeira fábrica de vidro foi instalada em meados da XVIII Dinastia, chegando a fabricar o vidro translúcido colorido.
Foi encontrada entre as ruínas da cidade de Akhetaton uma fábrica de vidro e diversos objetos de vidro trabalhado, entre eles o peixe colorido que se encontra no Museu de Londres, a taça de vidro amarelo que está no Museu de N.York, e a ânfora azul que se encontra no Museu do Cairo.
As substâncias mais empregadas nos tratamentos de cura eram: estramônio, beladona (usada como antiespasmódico e como estimulante cardíaco e respiratório), meimendro, de onde se extrai os alcalóides hiocinamina e escopolamina, o ópio (suco da Papoula), cujos alcalóides são a morfina e o láudano, com efeitos anestésico, alucinógeno e narcótico. Conheciam o poder anestésico das sementes da flor-de-lótus e da papoula que, após serem torradas e moídas, eram colocadas sobre feridas. E também usavam a famosa mandrágora.
O Templo de Kom Ombo parece ser o único que ainda conserva as Hat Ankh, que podem ser vistas na parte final do mesmo, em número de sete.
Também no templo de Esna existe uma invocação ao Deus Knum, gravada nas colunas da sala hipóstila, que comprova terem existido as Hat Ankh:
“Como é bela a tua face quando estás na Hat Ankh curando os doentes e libertando do mal aqueles que te procuram.”
A maioria dessas construções Hat Ankh, que se situavam atrás do Templo, não existem mais, pois foram destruídas pelo tempo. O Templo de Dendera mantém vestígios dessas instalações e suas ruínas podem ser observadas do terraço do templo principal, conforme estudos do pesquisador Daumas, em 1957, que confirmou sua destinação como sanatórios de cura.
Essas Hat Ankh egípcias foram as precursoras dos sanatórios de cura - Asclépias - que os gregos iriam fundar em seus bosques sagrados, séculos mais tarde.
Segundo o Prof. Reuben Amber, autor do livro “Cromoterapia - A Cura Através das Cores", o Egito foi o país pioneiro no uso da Cromoterapia. Relata ele que arqueólogos encontraram em alguns templos egípcios evidências de pequenas salas construídas com uma abertura no teto de modo a permitir a entrada do Sol, onde os pacientes recebiam o tratamento.
Relata esse professor que os egípcios também utilizavam a água solarizada como remédio.
Tempos depois, é provável que o vidro colorido tenha sido usado em terapias assim como eram utilizadas as pedras preciosas e semipreciosas.
Sabe-se que o vidrado era conhecido no Egito desde o Antigo império e que a primeira fábrica de vidro foi instalada em meados da XVIII Dinastia, chegando a fabricar o vidro translúcido colorido.
Foi encontrada entre as ruínas da cidade de Akhetaton uma fábrica de vidro e diversos objetos de vidro trabalhado, entre eles o peixe colorido que se encontra no Museu de Londres, a taça de vidro amarelo que está no Museu de N.York, e a ânfora azul que se encontra no Museu do Cairo.
:: Principais cores usadas no Antigo Egito
O AZUL simbolizava o céu e as águas do rio Nilo. O ANIL representava o céu à noite. Observa-se no teto de tumbas e templos o céu pintado de anil com estrelas em amarelo-ouro.
Pedras - turquesa e lápis-lazúli.
O VERDE é representado pelo papiro, que significa o verdor vegetal e a juventude. O papiro é o símbolo do baixo Egito - Norte.
Os egípcios associavam o verde ao ciclo da planta e também à vida do homem, dizendo: “A árvore perde suas folhas no outono, parece morta no inverno, renasce na primavera, desabrocha no verão, tornando-se a imagem da ressurreição e da regeneração. Osiris é o símbolo deste renascimento, chamado Osiris verdejante”.
Pedras - malaquita e esmeralda.
O AMARELO-OURO (DOURADO) simboliza a cor do Sol. É a cor que diviniza. O ouro era considerado a carne dos imortais, representada em estátuas e jóias..
Pedra - jaspe amarelo.
O VERMELHO é o símbolo da vida, pois é a cor que o Sol toma no nascente e no poente. Existe um papiro com a representação de dois leões com o hieróglifo do horizonte - akhit - que tem o Sol, em vermelho, entre duas montanhas com a cruz Ank, que é o símbolo da vida, mostrando que o ciclo da vida do homem é semelhante ao do Sol, que percorre o seu curso eternamente.
Pedras - cornalina e grés vermelha.
O AZUL simbolizava o céu e as águas do rio Nilo. O ANIL representava o céu à noite. Observa-se no teto de tumbas e templos o céu pintado de anil com estrelas em amarelo-ouro.
Pedras - turquesa e lápis-lazúli.
O VERDE é representado pelo papiro, que significa o verdor vegetal e a juventude. O papiro é o símbolo do baixo Egito - Norte.
Os egípcios associavam o verde ao ciclo da planta e também à vida do homem, dizendo: “A árvore perde suas folhas no outono, parece morta no inverno, renasce na primavera, desabrocha no verão, tornando-se a imagem da ressurreição e da regeneração. Osiris é o símbolo deste renascimento, chamado Osiris verdejante”.
Pedras - malaquita e esmeralda.
O AMARELO-OURO (DOURADO) simboliza a cor do Sol. É a cor que diviniza. O ouro era considerado a carne dos imortais, representada em estátuas e jóias..
Pedra - jaspe amarelo.
O VERMELHO é o símbolo da vida, pois é a cor que o Sol toma no nascente e no poente. Existe um papiro com a representação de dois leões com o hieróglifo do horizonte - akhit - que tem o Sol, em vermelho, entre duas montanhas com a cruz Ank, que é o símbolo da vida, mostrando que o ciclo da vida do homem é semelhante ao do Sol, que percorre o seu curso eternamente.
Pedras - cornalina e grés vermelha.
Jóia em ouro com diversas pedras preciosas, salientando-se o Sol em Cornalina (vermelho) e o escaravelho em Lápis-lazúli (azul). |
Além dessas cores, os egípcios também usavam as tonalidades:
Branco - Manifesta a pureza. Os egípcios se vestiam sempre de branco.
Negro - Representa as transformações eternas ou as transmutações.
Concluindo, pode-se dizer que a Cromoterapia teve origem no antigo Egito há aproximadamente 2800 anos a.C., iniciando com o uso terapêutico de flores, pedras preciosas e semipreciosas de diversas cores, conforme a sua semelhança com as características apresentadas pelas doenças.
Posteriormente, com a fabricação do vidro colorido translúcido, e com as pesquisas médicas sobre a função das cores na recuperação de pacientes, a Cromoterapia foi adotada internacionalmente, com sucesso.
Fonte: