Os tuaregues são um grupo étnico da região do Sahara que falam uma língua berber.
Estes nômades do deserto do Sahara cruzam as terras de areia montados em camelos.
Vivem numa terra onde assuntos como vida e morte são sempre preponderantes. Um povo orgulhoso e com um olhar severo e penetrante por fora de seus turbantes. Sua riqueza são carneiros, cabras e os poucos instrumentos que eles precisam para viver. Vivem em pequenas tendas e se mudam com freqüência sempre procurando por pasto novo para seus rebanhos domésticos.
Este estilo de vida não se modificou por séculos.
Usam a linhagem materna embora não sejam matriarcais. São os homens que não dispensam um véu azul índigo característico, o tagelmust, que usam mesmo entre os familiares. Dizem que os protege dos maus espíritos, e tem a função prática de proteger contra a inclemência do sol do deserto e das rajadas de areia durante suas viagens em caravana. Usam como um turbante que cobre também todo o rosto, exceto os olhos. As comunidades de tuaregues têm por norma oferecer chá de menta aos grupos de turistas.
Alguns deles formam caravanas para cruzar o deserto do Saara e comercializar sal e cobre do norte da África por ouro do Golfo da Guiné. A história dessa rota de caravanas é muito antiga. Houve um tempo em que a cultura islâmica era transmitida através dessa rota e esta também foi a trilha pela qual escravos negros foram trazidos da África para os países mediterrâneos.
Até hoje os tuaregues vagam por essa trilha juntamente com outros nômades da Arábia Saudita trazendo mercadorias e cultura cruzando o deserto.
A região que aparentemente sempre viveram é no noroeste africano, principalmente no deserto do Sahara, do sul da Argélia ao norte de Mali no lado leste da Nigéria. Podem ser encontrados, todavia, em praticamente todas as partes do deserto.
A língua tamasheq é o principal elo que os caracteriza como povo em comum, mais do que a raça ou linhagem genética. Provavelmente têm parentesco com egípcios e marroquinos, com quem compartilham trechos culturais e a religião muçulmana. Mas não são árabes, são "berberes" e usam esse alfabeto.
Antes de se tornarem pacíficos como são atualmente, os Tuaregues cobravam pedágios altíssimos dos outros viajantes, assaltando e massacrando os que deixavam de pagar. Em 1946, com a chegada de novos governos, eles entraram em guerra por sua liberdade (o que acabou com aproximadamente quarenta mil Tuaregues mortos, incluindo mulheres e crianças). Agora dedicam-se principalmente à música, ao artesanato e ao pastoreio de animais como os camelos e dromedários.
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