Sabemos que Umbanda não é Candomblé e nem Kardecismo, a confusão é grande, pois Candomblé é religião de culto aos Orixás e Kardecismo é religião de trabalho com os espíritos, ambas calcadas no fenômeno Mediunidade.
Encontramos na Umbanda aspectos das duas, assim como de tantas outras para um observador mais atento, mas o fato de ter algo em comum não quer dizer que podemos adotar por livre e espontânea vontade as práticas, e filosofias religiosas das mesmas para dentro de nosso terreiro.
Umbanda possui filosofia e práticas próprias, que são observadas e trazidas à luz através dos espíritos guias. Sim, nós também cultuamos aos Orixás mas,de forma diferente do ancestral culto Africano, pois os vemos sob outro ponto de vista, se fosse para ser igual não haveria de se fundar outra religião simplesmente adotaríamos o "Candomblé de Caboclo", logo quando surgir uma dúvida antes de recorrer ao que é tão funcional dentro do âmbito do "Culto de Nação", espere, consulte e tenha fé que seus guias de Umbanda terão as soluções, dentro e segundo nossas práticas.
Quanto ao Kardecismo a maioria de nós Umbandistas tem recorrido a sua vasta literatura para nos esclarecermos quanto "ao mundo dos espíritos" , o que é muito positivo, o movimento kardecista esmiuçou e foi a fundo no estudo do fenômeno Mediunidade, o que nos vale como ponto em comum.
Já a maneira de se trabalhar mediunicamente dentro da Umbanda é única, pois ela vai além do "passe e doutrina", os guias de Umbanda tem extrema afinidade e conhecimento das manipulações de elementos da natureza e processos magísticos, motivo pelo qual possuem toda uma variedade de recursos como o uso do fumo, das velas, ponto riscado, ponteiros, Otás, pedras e cristais, guias, banhos, defumações e etc...
O Kardecismo
Kardecismo é um trabalho iniciado na França com Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail), que codificou a doutrina espirita em cinco volumes a saber: "O livro dos Espíritos" (abril de 1857), "O Livro dos Médiuns" (janeiro de 1861), "O Evangelho Segundo o Espiritismo" (abril de 1864), "O Céu e o Inferno" (agosto de 1865), "A Gênese" (janeiro de 1868).
No Brasil o Kardecismo tomou maior notoriedade através da obra de Chico Xavier (mais de quatrocentos livros psicografados).
No Espiritismo Kardecista, existe todo um trabalho social voltado para a comunidade, dentro do aspecto religioso podemos dizer que procuram seguir a mensagem de Cristo, segundo a visão espírita, concentrando hoje (no Brasil) boa parte de seus esforços na doutrinação (de encarnados e desencarnados) e passes mediúnicos, crêem na reencarnação e buscam na "lei do carma" a causa, em nossos atos passados, para a situação em que cada um de nós se encontra hoje, segundo nosso merecimento.
Carregam a bandeira de que "fora da caridade não há solução", pregando também reforma intima do ser.
A diferença entre a Umbanda e o Kardecismo
Umbanda é um trabalho de resgate das religiões e tradições naturais, assentada na mediunidade de incorporação e com origem nos próprios Orixás, onde eles aparecem de forma renovada como Divindades de Deus, presente em tudo e todos os lugares, por isso são vistos como "Forças de Deus na Natureza". Tem nos encantados e naturais a manifestação mediúnica dos Orixás, onde estes manifestam as qualidades dos Orixás se apresentando como representantes dos Orixás. Parte dos trabalhos de Umbanda se dá na incorporação de espíritos humanos, o que lembra muito o Kardecismo, mas estes se pautam não no código kardecista, mas na "Lei de Umbanda" fundamentada no astral. A Umbanda tem muitas faces e facetas englobando em si muitos aspectos e um dos que mais chama a atenção é sua atuação no campo da Magia, visando combater o mau que a muitos aflige por conta da baixa magia manipulada pelo baixo astral.
A Umbanda assim como o Kardecismo tem em suas práticas um trabalho caritativo e isento das cobranças de ordem material.
Candomblé
Da África: ao contrário do que muitos podem pensar, a religião, na terra mãe dos escravos, aqui aportados, era muito rica e bem diversificada, pois o enorme continente "negro" era todo ele dividido em nações e cada uma tinha seu culto voltado uma ou mais divindades diferenciadas. A possível classificação que podemos fazer é dividi-la em dois grandes grupos que predominaram aqui no Brasil, dos yorubá (nagô, vindos principalmente da Nigéria ) e djedje (foi em sua maioria do Daomé) onde o primeiro excedia em numero de quase oito vezes maior que o segundo.
Para mantê-los sob controle, costumavam (os senhores de engenho ) , misturar, nas mesmas senzalas, cativos de varias nações, em sua maioria inimigas, tornando-os vulneráveis uma vez que não se entendiam e muito menos se uniam contra seus "donos". A rivalidade na África, era tão grande que, dispensava maior trabalho ao europeu, uma vez que os negros se escravizavam uns aos outros (os seus prisioneiros de guerra), assim o europeu já os comprava na condição de escravos, a troco de "banana" (até por "cachaça" eles eram trocados mesmo), para vender a peso de ouro.
Para agravar condição dos mesmos foi-lhes concedido o Domingo para que pudessem fazer seus "batuques", pois o governo os via como "um ato que obriga os negros, insensível e mecanicamente em sete dias , a renovar as idéias de aversão recíproca que lhes eram naturais desde que nasceram".
Logo os batuques se transformaram em culto religioso aos Orixás ( que predominou na Bahia) e Voduns (?) aparecem no Maranhão com a Casa das Minas não podia ser como na África onde cada nação cultuava a um Orixá, mas um culto onde se tocava para todos e onde os mesmos se manifestavam deixando no corpo e na alma de seus filhos os axés de amor, coragem e esperança, enquanto incorporados não falavam nada apenas se faziam sentir, suas mensagens vinham através de Ifá, no jogo de Búzios, o mistério da revelação.
Assim surgiu o Candomblé na Bahia, assim os Orixás foram trazidos a nossa terra.
A Diferença entre Umbanda e Candomblé
Mais simples é começarmos dizendo o que há em comum entre a Umbanda e o Candomblé, que é a incorporação mediúnica e o culto aos Orixás, já este renovado pela Umbanda.
Já as práticas e rituais são diferentes, enquanto na Umbanda as consultas são feitas através dos espíritos de caboclo, preto-vélho, baiano, exú... No Candomblé as consultas são feitas através do "jogo de búzios" ou "Ifà", não aceitando a comunicação de espíritos (eguns), sendo portanto vetada sua incorporação, os trabalhos mediúnicos de incorporação contam apenas com a presença de Orixás que também se fazem presente na Umbanda, renovados e sob um outro ponto de Vista .
Esta é a principal diferença, visto que as outras mais são pertinentes da atuação das "entidades guias" em seus trabalhos de Umbanda e dos Rituais Internos do Candomblé.
Encontramos na Umbanda aspectos das duas, assim como de tantas outras para um observador mais atento, mas o fato de ter algo em comum não quer dizer que podemos adotar por livre e espontânea vontade as práticas, e filosofias religiosas das mesmas para dentro de nosso terreiro.
Umbanda possui filosofia e práticas próprias, que são observadas e trazidas à luz através dos espíritos guias. Sim, nós também cultuamos aos Orixás mas,de forma diferente do ancestral culto Africano, pois os vemos sob outro ponto de vista, se fosse para ser igual não haveria de se fundar outra religião simplesmente adotaríamos o "Candomblé de Caboclo", logo quando surgir uma dúvida antes de recorrer ao que é tão funcional dentro do âmbito do "Culto de Nação", espere, consulte e tenha fé que seus guias de Umbanda terão as soluções, dentro e segundo nossas práticas.
Quanto ao Kardecismo a maioria de nós Umbandistas tem recorrido a sua vasta literatura para nos esclarecermos quanto "ao mundo dos espíritos" , o que é muito positivo, o movimento kardecista esmiuçou e foi a fundo no estudo do fenômeno Mediunidade, o que nos vale como ponto em comum.
Já a maneira de se trabalhar mediunicamente dentro da Umbanda é única, pois ela vai além do "passe e doutrina", os guias de Umbanda tem extrema afinidade e conhecimento das manipulações de elementos da natureza e processos magísticos, motivo pelo qual possuem toda uma variedade de recursos como o uso do fumo, das velas, ponto riscado, ponteiros, Otás, pedras e cristais, guias, banhos, defumações e etc...
O Kardecismo
Kardecismo é um trabalho iniciado na França com Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail), que codificou a doutrina espirita em cinco volumes a saber: "O livro dos Espíritos" (abril de 1857), "O Livro dos Médiuns" (janeiro de 1861), "O Evangelho Segundo o Espiritismo" (abril de 1864), "O Céu e o Inferno" (agosto de 1865), "A Gênese" (janeiro de 1868).
No Brasil o Kardecismo tomou maior notoriedade através da obra de Chico Xavier (mais de quatrocentos livros psicografados).
No Espiritismo Kardecista, existe todo um trabalho social voltado para a comunidade, dentro do aspecto religioso podemos dizer que procuram seguir a mensagem de Cristo, segundo a visão espírita, concentrando hoje (no Brasil) boa parte de seus esforços na doutrinação (de encarnados e desencarnados) e passes mediúnicos, crêem na reencarnação e buscam na "lei do carma" a causa, em nossos atos passados, para a situação em que cada um de nós se encontra hoje, segundo nosso merecimento.
Carregam a bandeira de que "fora da caridade não há solução", pregando também reforma intima do ser.
A diferença entre a Umbanda e o Kardecismo
Umbanda é um trabalho de resgate das religiões e tradições naturais, assentada na mediunidade de incorporação e com origem nos próprios Orixás, onde eles aparecem de forma renovada como Divindades de Deus, presente em tudo e todos os lugares, por isso são vistos como "Forças de Deus na Natureza". Tem nos encantados e naturais a manifestação mediúnica dos Orixás, onde estes manifestam as qualidades dos Orixás se apresentando como representantes dos Orixás. Parte dos trabalhos de Umbanda se dá na incorporação de espíritos humanos, o que lembra muito o Kardecismo, mas estes se pautam não no código kardecista, mas na "Lei de Umbanda" fundamentada no astral. A Umbanda tem muitas faces e facetas englobando em si muitos aspectos e um dos que mais chama a atenção é sua atuação no campo da Magia, visando combater o mau que a muitos aflige por conta da baixa magia manipulada pelo baixo astral.
A Umbanda assim como o Kardecismo tem em suas práticas um trabalho caritativo e isento das cobranças de ordem material.
Candomblé
Da África: ao contrário do que muitos podem pensar, a religião, na terra mãe dos escravos, aqui aportados, era muito rica e bem diversificada, pois o enorme continente "negro" era todo ele dividido em nações e cada uma tinha seu culto voltado uma ou mais divindades diferenciadas. A possível classificação que podemos fazer é dividi-la em dois grandes grupos que predominaram aqui no Brasil, dos yorubá (nagô, vindos principalmente da Nigéria ) e djedje (foi em sua maioria do Daomé) onde o primeiro excedia em numero de quase oito vezes maior que o segundo.
Para mantê-los sob controle, costumavam (os senhores de engenho ) , misturar, nas mesmas senzalas, cativos de varias nações, em sua maioria inimigas, tornando-os vulneráveis uma vez que não se entendiam e muito menos se uniam contra seus "donos". A rivalidade na África, era tão grande que, dispensava maior trabalho ao europeu, uma vez que os negros se escravizavam uns aos outros (os seus prisioneiros de guerra), assim o europeu já os comprava na condição de escravos, a troco de "banana" (até por "cachaça" eles eram trocados mesmo), para vender a peso de ouro.
Para agravar condição dos mesmos foi-lhes concedido o Domingo para que pudessem fazer seus "batuques", pois o governo os via como "um ato que obriga os negros, insensível e mecanicamente em sete dias , a renovar as idéias de aversão recíproca que lhes eram naturais desde que nasceram".
Logo os batuques se transformaram em culto religioso aos Orixás ( que predominou na Bahia) e Voduns (?) aparecem no Maranhão com a Casa das Minas não podia ser como na África onde cada nação cultuava a um Orixá, mas um culto onde se tocava para todos e onde os mesmos se manifestavam deixando no corpo e na alma de seus filhos os axés de amor, coragem e esperança, enquanto incorporados não falavam nada apenas se faziam sentir, suas mensagens vinham através de Ifá, no jogo de Búzios, o mistério da revelação.
Assim surgiu o Candomblé na Bahia, assim os Orixás foram trazidos a nossa terra.
A Diferença entre Umbanda e Candomblé
Mais simples é começarmos dizendo o que há em comum entre a Umbanda e o Candomblé, que é a incorporação mediúnica e o culto aos Orixás, já este renovado pela Umbanda.
Já as práticas e rituais são diferentes, enquanto na Umbanda as consultas são feitas através dos espíritos de caboclo, preto-vélho, baiano, exú... No Candomblé as consultas são feitas através do "jogo de búzios" ou "Ifà", não aceitando a comunicação de espíritos (eguns), sendo portanto vetada sua incorporação, os trabalhos mediúnicos de incorporação contam apenas com a presença de Orixás que também se fazem presente na Umbanda, renovados e sob um outro ponto de Vista .
Esta é a principal diferença, visto que as outras mais são pertinentes da atuação das "entidades guias" em seus trabalhos de Umbanda e dos Rituais Internos do Candomblé.
Fonte: http://umbandarenovada.ning.com
http://padmashanti.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).
Agradecida pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.