Eu recorro a ti, Lakṣmī por abrigo neste mundo,
Tu que és bela como a Lua, brilhando intensamente,
Que és adorada até mesmo pelos deuses,
Que és altamente magnânima, bela como o lótus.
Que minhas desgraças pereçam! Eu me rendo a ti,
Ó tu, que és resplandecente como o Sol!
(RigVeda, Shri Sukta, 5-6)
Tu que és bela como a Lua, brilhando intensamente,
Que és adorada até mesmo pelos deuses,
Que és altamente magnânima, bela como o lótus.
Que minhas desgraças pereçam! Eu me rendo a ti,
Ó tu, que és resplandecente como o Sol!
(RigVeda, Shri Sukta, 5-6)
Lakṣmī
(ou Laxmi) ou Mahā-Lakṣmī é uma divindade feminina e aparece na
tradição indiana como a esposa do deva Vishnu, o sustentador do
universo. Ela é a personificação da beleza, da fartura, da generosidade
e principalmente da riqueza e da fortuna. A deusa é sempre invocada
pedindo amor, fartura, riqueza e poder. É considerada por alguns como o
principal símbolo da potência feminina, sendo reconhecida por sua
eterna juventude e beleza.
Pode
ser vista sentada sobre uma flor de lótus, ou segurando flores de lótus
nas mãos, e um cântaro de onde jorram moedas de ouro. Geralmente
associa-se a Lakṣmī o símbolo da suástica, que na tradição indiana é um
símbolo positivo, representando vitória e sucesso. Apadma é um outro
nome dado a Lakṣmī, quando ela aparece ou é representada sem o lótus,
ao sair do Oceano de leite quando no momento de sua criação.
Enquanto
manifestação da grande deusa como uma força cósmica, ela pode ser uma
divindade de dinamismo irresistível e poder temível. Este é um disfarce
da doadora gentil e beneficente dos desejos dos devotos, como as
divindades femininas beneficentes da Índia apareceram pela primeira
vez. Este papel da deusa como alguém que cumpre os desejos se manteve
com força duradoura. Na antiga coleção de hinos sagrados conhecidos
como Vedas, este aspecto da deusa já se manifestava.
A
deusa Lakṣmī, também é conhecida como Śrī (a Radiante), é personificada
não somente como a deusa da fortuna e riqueza, mas também como uma
encarnação da graça, beleza e encanto. Ela é adorada como uma deusa que
concede a prosperidade ao mundo, bem como a libertação do ciclo de
nascimentos e morte.
A
adoração de Lakṣmī provavelmente remonta aos cultos da fertilidade
pré-históricos da antiga civilização do Vale do Indo. Até o final do
segundo milênio a.C., seus primeiros hinos registrados aparecem no Rig
Veda, e são dedicados a deusa Śrī – o “Śrī Sūkta”, com 15 estrofes.
Este hino é considerado um apêndice ou Khila do Rig Veda.Veja mais informações nesta página.
Swami Krishnananda, da Divine Life Society,
diz que “esse hino do Veda traz muitos benefícios, especialmente quando
recitado às sextas-feiras, juntamente com o culto formal da Deusa, para
a abundância, paz e prosperidade em toda a volta”. A partir da época
das Upanishads e dos Puranas, a deusa Śrī passou também a ser chamada
de deusa Lakṣmī. Nos séculos incontáveis desde então, “Śrī-Lakṣmī” foi
adorada como a deusa da riqueza, prosperidade, fertilidade e beleza.
MAHĀLAKṢMĪ DEVĪ
Mahā-Lakṣmī
é uma das manifestações da Deusa Lakṣmī, que preside uma parte do
episódio contado no Devī Māhātmya. Aqui, ela é descrita como Devī em
sua forma universal como Shakti (a Poderosa). A manifestação de Devī
como matadora do demônio-búfalo Mahishasura se dá pela refulgência de
todos os deuses. A Deusa é descrita com 18 objetos: japa-mala
(rosário), machado, maça, seta, raio, lótus, arco, pote de água,
bastão, lança, espada, escudo, concha, sino, copo de vinho, tridente,
laço e o disco (Sudarsana). Ela tem uma pele de cor coral e está
sentada sobre uma flor de lótus. Ela é conhecida como Ashta Dasa Bhuja
MahāLakṣmī, como possuindo 8 manifestações.
Ela
também é vista em duas formas principais, Bhu-Devī (a deusa da Terra) e
Śrī-Devī, ambas de cada lado do Sri Venkateshwara ou Vishnu. Bhu-Devī é
a representação da totalidade do mundo material ou da energia, chamada
Aparam Prakritī, em que ela é chamada de Mãe Terra. Śrī-Devī é o
aspecto sutil ou espiritual. As pessoas estão enganadas se pensarem que
elas são seres distintos, elas são um, isto é, Lakṣmī.
A
presença de MahāLakṣmī é também encontrada no coração no Senhor Vishnu.
Lakṣmī é a personificação do amor, pelo qual a devoção à divindade ou
Bhakti flui. Lakṣmī desempenha um papel especial como a mediadora entre
seu marido o Senhor Vishnu e seus devotos. Enquanto Vishnu é muitas
vezes concebido como muito severo em algumas histórias, Lakṣmī
representa uma figura mais suave, uma mãe calorosa e acessível que
voluntariamente intervém em beneficio dos devotos. Ao pedir para Vishnu
uma graça, os hindus muitas vezes aproximam-se dele através da presença
intermediária dela.
Ela
também é a personificação da realização espiritual. Lakṣmī é a
personificação da energia espiritual superior do divino feminino, sendo
uma das principais formas de Adi Parashakti, que purifica, fortalece e
eleva o indivíduo. Ela é considerada a Mãe do Universo, devido aos seus
sentimentos maternais e por ser a consorte de Narayana. Ela é a Adi
Shakti incorporando e manifestando o Sattva guna (o poder luminoso), e
é só por causa de sua presença, a presença de Sattva guna, que Vishnu é
capaz de preservar o universo. Sem Maa MahāLakṣmī, Vishnu não se
manifestaria.
Em
um conto existente no Shrimad Devī Bhagavata Purana, é mencionado que o
poder da Deusa é tal que, assim que ela amaldiçoou Narayana, sua cabeça
caiu. Esse é o grande poder de Devī, a mãe do universo. Ela é a força
abrangente onipresente, onipotente e eterna. Diz-se no Shrimad Devī
Bhagvata Purana que Maa Adi Shakti criou Shiva, Vishnu e Brahma. Ela
comanda a manifestação dessas divindades. Sem ela, Vishnu perderia seu
poder de preservar, visto ser ela a fonte de seu poder. Ela também é a
Deusa Bhuvaneshwari, considerada a senhora do universo.
A ICONOGRAFIA DE LAKṢMĪ DEVĪ
Lakṣmī
é normalmente representada vestindo um bonito sári vermelho ricamente
bordado em ouro, com encantadoras jóias, e com moedas de ouro jorrando
de suas mãos ou de um jarro. Ela é muitas vezes acompanhada por
elefantes, simbolizando seu poder de conferir real poder e
legitimidade, e também sugerindo sua relação especial com o senhor
Ganesha/Ganapati. Lakṣmī muitas vezes carrega um pote cheio, sugerindo
novamente abundância; ela está quase sempre rodeada por água corrente,
indicando a fertilidade e a força que dá vida e que é o alimento da
Terra; ela sempre carrega um lótus em duas de suas mãos, estando ao
mesmo tempo em pé ou sentada sobre uma flor de lótus.
Em
relação com sua forte associação com o lótus, o estudioso David Kinsley
observa, “Śrī Lakṣmī assim sugere mais que os poderes fertilizantes do
solo úmido e os poderes misteriosos de crescimento. Ela sugere uma
perfeição ou estado de refinamento que transcende o mundo
material”. Na verdade, eu escolhi a imagem acima – com sua falta
incomum de adorno material – justamente porque parece enfatizar
aspectos transcendentes raramente discutidos sobre Lakṣmī.
No
hinduísmo tardio, Lakṣmī veio a ser concebida em primeiro lugar como
esposa volúvel (pense na fugacidade da boa sorte) de uma variedade de
deuses, incluindo Soma, Dharma, Indra, e até mesmo o deus Yaksha
Kubera, senhor das riquezas – antes de finalmente se estabelecer na
mitologia hindu tradicional como a leal consorte de Vishnu. E
como a esposa de Vishnu, Lakṣmī é também a esposa de todos os avatares
de Vishnu. Assim, os Vaishnavas tendem a vê-la tanto como Radha,
companheira de Krishna, quanto Sita, com Rama.
A
maioria das representações Vaishnavas apresentam Lakṣmī como submissa e
subordinada a Vishnu, mas pontos de vista mais sofisticados a concebem
como igual e não diferente dele, como expresso na figura de
Lakṣmī-Narayana, a forma andrógina fundida de Vishnu (lado direito) e
Lakṣmī (lado esquerdo), expressando essencialmente as mesmas verdades
contidas na fusão de Shiva-Parvati na figura de Ardhanarisvara.
A ADORAÇÃO DE LAKṢMĪ
Há inúmeros hinos (shlokas) em louvor de Lakṣmī. Algumas das orações mais famosas para seu culto são o “Śrī MahāLakṣmī Ashtakam”, o “Śrī Lakṣmī Sahasaranama Stotra” de Sanathkumara, o “Śrī Stuti” de Śrī Vedanta Desikar, “Śrī Lakṣmī Stuti” de Indra, o “Śrī Kanakadhara Stotra” por Śrī Aadhi Shankaracharya, “Śrī Chatusloki” de Śrī Yamunacharya, o “Śrī Lakṣmī Sloka” atribuído a Bhagavan Śrī Hari Swamiji, bem como o “Śrī Sukta” que está contido nos Vedas. O famoso Lakṣmī Gayatri Sloka é este:
Há inúmeros hinos (shlokas) em louvor de Lakṣmī. Algumas das orações mais famosas para seu culto são o “Śrī MahāLakṣmī Ashtakam”, o “Śrī Lakṣmī Sahasaranama Stotra” de Sanathkumara, o “Śrī Stuti” de Śrī Vedanta Desikar, “Śrī Lakṣmī Stuti” de Indra, o “Śrī Kanakadhara Stotra” por Śrī Aadhi Shankaracharya, “Śrī Chatusloki” de Śrī Yamunacharya, o “Śrī Lakṣmī Sloka” atribuído a Bhagavan Śrī Hari Swamiji, bem como o “Śrī Sukta” que está contido nos Vedas. O famoso Lakṣmī Gayatri Sloka é este:
ōm mahādevyai ca vidmahe viṣṇupatnī ca dhīmahi
tanno lakṣmīḥ pracodayāt
tanno lakṣmīḥ pracodayāt
"Saudamos a Grande Deusa, meditamos sobre a consorte de Vishnu. Que Lakshmi nos conduza para a grande meta."
ōṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ
"Om. Que haja paz, paz, paz."
O
Lakṣmī Gayatri é uma poderosa oração contida no Śrī Sukta vêdico.
Quando cantado todos os dias, 108 vezes, permite a obtenção imediata da
graça e bênçãos da Deusa.
Embora Lakṣmī seja adorada como a deusa da fortuna, quando ela é cultuada com Narayana, o adorador é abençoado, não só com a riqueza, mas também com paz e prosperidade. Juntos eles podem ser cultuados em combinações distintas, como Lakṣmī-Narayana, Narasimha-Lakṣmī, Rama-Sita, Radha-Krishna, ou Vithal-Rukmini.
Embora Lakṣmī seja adorada como a deusa da fortuna, quando ela é cultuada com Narayana, o adorador é abençoado, não só com a riqueza, mas também com paz e prosperidade. Juntos eles podem ser cultuados em combinações distintas, como Lakṣmī-Narayana, Narasimha-Lakṣmī, Rama-Sita, Radha-Krishna, ou Vithal-Rukmini.
Outra
forma comum de adoração realizada por devotos, é realizada em suas
respectivas casas, sendo realizado após o banho de purificação matinal,
e utilizando-se de medidas de arroz com casca e com a realização de
diferentes bolos de arroz e Khiri (sopa de arroz preparado com leite e
açúcar), que são preparados em todos os lares e oferecidos à divindade,
sendo depois comidos por todos.
O
festival mais importante em que Lakṣmī é adorada atualmente é o Divali,
ou Dipavali, o “Festival das Luzes”, realizado a cada outono na noite
mais escura do ano. O foco do festival é a prosperidade, pois se
entende que não pode haver riqueza ou sucesso sem a presença e graça de
Lakṣmī; ela é cultuada em áreas rurais para a prosperidade das
colheitas, ou simplesmente para trazer alimento nas comunidades
urbanas; e para boa sorte ao lado de Ganesha/Ganapati, a outra
principal divindade do Dipavali. Lakṣmī concede riquezas e boa sorte.
Um dos seus mantras para estas ocasiões é:
oṃ śrīṃ hrīṃ klīṃ
tribhuvana mahālakṣmyai
asmākam dāridrya
nāśaya pracura dhana
dehi dehi klīṃ hrīṃ śrīṃ oṃ
tribhuvana mahālakṣmyai
asmākam dāridrya
nāśaya pracura dhana
dehi dehi klīṃ hrīṃ śrīṃ oṃ
MANIFESTAÇÕES DA DEUSA
Há
um grupo de oito deusas secundárias, chamadas coletivamente de
Aṣṭalakṣmī, ou oito manifestações de Lakṣmī. Elas presidem oito fontes
de riqueza e, portanto, representam os poderes de Shri-Lakṣmī.
As
descrições sobre esse grupo de Ashta Lakṣmī diferem muito, não há
uniformidade dos nomes das Ashta Lakṣmī nos textos sagrados hindus. Há
milhares de manifestações de MahāLakṣmī e sem ela nada neste mundo
poderia sobreviver, sendo ela a base de toda a criação. Sem a sua
graça, não haveria nada para comer, não haveria ar para respirar,
etc.
Uma descrição usual do grupo de Ashta Lakṣmī é esta:
• Santāna Lakṣmī – Ela protege toda a riqueza da família, principalmente as crianças.
• Gaja Lakṣmī – Ela surge como Rainha Universal, com seus dois elefantes que atendem todas as preces e orações.
• Vidyā Lakṣmī – Ela encerra a totalidade do conhecimento, tanto material quanto espiritual.
• Dhānya Lakṣmī – Ela alimenta o mundo, nos concedendo a riqueza da boa colheita dos grãos.
• Ādi Lakṣmī – Ela é a Mãe Divina e fonte de todo o poder de Vishnu.
• Vijaya Lakṣmī – Ela nos concede a vitória sobre obstáculos e problemas (vitória também no trabalho e aspectos legais).
• Dhana Lakṣmī – Ela é a doadora do todo tipo de riqueza.
• Dhairya Lakṣmī – Ela nos dá força e coragem para enfrentarmos qualquer sacrifício.
• Gaja Lakṣmī – Ela surge como Rainha Universal, com seus dois elefantes que atendem todas as preces e orações.
• Vidyā Lakṣmī – Ela encerra a totalidade do conhecimento, tanto material quanto espiritual.
• Dhānya Lakṣmī – Ela alimenta o mundo, nos concedendo a riqueza da boa colheita dos grãos.
• Ādi Lakṣmī – Ela é a Mãe Divina e fonte de todo o poder de Vishnu.
• Vijaya Lakṣmī – Ela nos concede a vitória sobre obstáculos e problemas (vitória também no trabalho e aspectos legais).
• Dhana Lakṣmī – Ela é a doadora do todo tipo de riqueza.
• Dhairya Lakṣmī – Ela nos dá força e coragem para enfrentarmos qualquer sacrifício.
Na
verdade, de acordo com algumas tradições, Mahā-Lakṣmī preside dezoito
formas de riqueza, dez das quais são os oito grandes poderes ou
perfeições (siddhis) chamados Ashta-Siddhis, além do conhecimento
espiritual ou Jñana, e o ensino ou transmissão do conhecimento
espiritual para o mundo inteiro, sem qualquer distinção de classe.
Além
dos Ashta siddhis, Jñana e transmissão de Jñana, Mahā-Lakṣmī também é
conhecida por presidir 16 formas de riqueza mundana, que são as
seguintes: fama; conhecimento; coragem e força; vitória; bons filhos;
valor; ouro, jóias e outros objetos de valor; grãos em abundância;
felicidade; bem-aventurança; inteligência; beleza; objetivo superior
(pensamento elevado e ensino da meditação); moralidade e ética; boa
saúde; vida longa.
UMA DESCRIÇÃO MITOLÓGICA DE LAKṢMĪ
Há
diferentes versões sobre a origem da deusa Lakṣmī, que teria surgido no
Oceano de Leite. Em um desses mitos, os deuses (devas) e os demônios
(asuras) se encontravam doentes e procuravam um remédio para se curar;
em outra versão, eles eram mortais e estavam buscando pelo Amrita, o
néctar divino que concede a imortalidade. Este só poderia ser obtido
por meio da batedura do Oceano de Leite. Embora geralmente sejam
inimigos, os devas e asuras decidem se unir para bater o Oceano de
Leite juntos. A batedura do oceano começou com os devas de um lado e os
asuras do outro. Vishnu assumiu a forma de Kurma, a tartaruga, e uma
montanha foi colocada sobre seu casco, como um centro de rotação.
Vasuki, a grande serpente, foi enrolada ao redor da montanha e foi
usada como uma corda para girar a montanha e bater o Oceano de Leite.
Uma série de objetos divinos começou a surgir durante a agitação do
oceano. Junto com eles surgiu a deusa Lakṣmī, a filha do rei do oceano
de leite (Varuna), e, segundo alguns, a filha de Kubera. O último a
sair foi o amrita. O avatar Vishnu então assumiu a forma de uma linda
donzela para distrair os asuras e deu o amrita (a imortalidade) aos
devas.
Diz-se
que Lakṣmī surgiu do mar de leite, o oceano cósmico primordial, tendo
um lótus vermelho em sua mão. Cada membro da tríade divina, Brahma,
Vishnu e Shiva (criador, preservador e destruidor respectivamente do
universo) queria tê-la para si mesmo. A reivindicação de Shiva foi
recusada porque ele já tinha reivindicado a Lua, Brahma tinha
Sarasvati, então Vishnu a reivindicou, e assim ela nasceu e renasceu
como sua consorte durante todas as suas 10 encarnações.
Alguns
textos dizem que Lakṣmī é a esposa do Dharma (que é a conduta correta
ou virtuosa). Ela e várias outras deusas, as quais são personificações
de certas qualidades auspiciosas, dizem terem sido dadas ao Dharma em
casamento. Esta associação parece ter um significado simbólico, sendo
uma lição para ensinar que através de uma vida virtuosa (realização do
dharma) se obtém o bem-estar e a prosperidade (Lakṣmī).
A
tradição também associa Lakṣmī com Kubera, o feio senhor das riquezas e
chefe dos duendes (Yakshas). Os Yakshas são criaturas sobrenaturais que
vivem fora dos limites da civilização. Sua conexão com Lakṣmī talvez
brote do fato de que eles foram considerados notáveis por sua propensão
para recolher, guardar e distribuir riquezas. Os Yakshas também são
símbolos da fecundidade. As Yakshinis (Yakshas femininos) são
representadas frequentemente em esculturas encontradas em vários
templos. São imagens de mulheres de seios fartos e ancas largas com
bocas generosas, inclinando-se sedutoramente contra árvores. É bastante
natural a identificação de Shri, a deusa que personifica a riqueza e o
poder potente do crescimento, com os Yakshas. Ela, assim como eles,
envolve, e revela-se na fecundidade irreprimível da vida vegetal, e
também em sua associação com o lótus.
Uma
outra associação é estabelecida entre Lakṣmī e o deva Indra. Indra é
tradicionalmente conhecido como o rei dos deuses, o deva principal nos
tempos vêdicos, sendo geralmente descrito como um rei celestial. É,
portanto, apropriado para Shri-Lakṣmī ser associada com ele como sua
esposa ou consorte. Nesses mitos ela aparece como a personificação da
autoridade real, como um ser cuja presença é essencial para o efetivo
poder real, empunhando a criação da prosperidade real.
Vários
mitos desse gênero associam Shri-Lakṣmī ora com um poderoso governante,
ora com outro. Há histórias em que ela se torna a consorte do demônio
chamado Bali. A lenda em questão deixa clara a relação entre Lakṣmī e
reis vitoriosos. De acordo com essa lenda, Bali derrota Indra. Lakṣmī é
atraída pela bravura e vitórias de Bali e se une a ele. A associação
com a propícia deusa, cheia de virtudes, permite a Bali reinar sobre os
três mundos (terra, céu e atmosfera) com a virtude, e sob seu governo
há prosperidade ao redor. Depois, os deuses destronados conseguiram
enganar Bali, fazendo com que Shri-Lakṣmī se separasse dele, deixando-o
sem brilho e sem poder. Junto com Lakṣmī, as seguintes qualidades se
afastam de Bali: boa conduta, comportamento virtuoso, verdade,
atividade e força. A associação de Lakṣmī com tantas e diferentes
divindades masculinas, revela a notória fugacidade da boa sorte, e lhe
rendeu uma reputação de instabilidade e inconstância. Diz-se que ela é
tão instável, que só se associa com Vishnu porque é atraída por suas
muitas formas (avatares). E assim, ela é também conhecida como
Chanchala, ou “a inquieta”.
Os
seus devotos se preocupam com sua notória inconstância, pois não querem
perder a prosperidade. Isso os levou a conceber inúmeras e engenhosas
estratégias para “reter” Lakṣmī, e consequentemente a prosperidade em
seus estabelecimentos. Uma dessas práticas consiste em oferecer para as
imagens de Lakṣmī apenas o pior tecido como vastra (vestuário) porque,
dizem eles “É muito mais fácil a Deusa Lakṣmī abandonar nossas casas
vestida de amplas dobras de tecido do que estando parcamente vestida,
com o mínimo de tecido que oferecemos a ela como vestimenta”.
Em
um sentido mitológico, sua inconstância começou a mudar quando ela
passou a ser associada apenas com Vishnu. Nessa associação ela ficou
estável e passou a ser representada como a firme, obediente e leal
esposa, que promete se reunir com seu marido em todas as suas próximas
vidas.
Fisicamente,
a Deusa Lakṣmī é descrita como uma mulher com quatro braços, sentada em
um lótus, vestida com roupas finas e jóias preciosas. Ela tem um
semblante benigno, está em sua plena juventude e tem também uma
aparência maternal. A característica mais marcante da iconografia de
Lakṣmī é sua associação persistente com o lótus. O significado da flor
de lótus em relação a Shri-Lakṣmī se refere à pureza e ao poder
espiritual. Enraizada na lama, mas desabrochando acima da água, não
estando contaminado pelo lodo, o lótus representa a perfeição
espiritual e autoridade.
Além
disso, o assento de lótus é um motivo comum na iconografia hindu e
budista. Os deuses e deusas, os Buddhas e Bodhisattvas, geralmente se
assentam ou ficam em pé sobre uma flor de lótus, o que sugere a sua
autoridade espiritual. Estar sentado sobre uma ou outra forma associada
ao lótus sugere que o ser em questão – deidade, Buda, ou ser humano –
transcendeu as limitações do mundo finito (como se estivesse acima da
lama da existência) e flutua livremente em uma esfera de pureza e
espiritualidade. Shri-Lakṣmī, associada ao lótus, sugere mais do que os
poderes fertilizantes do solo úmido e os poderes misteriosos do
crescimento. Ela sugere uma perfeição ou estado de refinamento que
transcende o mundo material. Ela está associada não só com a autoridade
real, mas também com autoridade espiritual. O lótus e a deusa Lakṣmī
por associação, representam o pleno desabrochar da vida orgânica e da
vida espiritual. Por ser intimamente associada com o lótus, muitos de
seus epítetos são ligados à flor, tais como:
• Padma: A do lótus.
• Kamala: Moradora do lótus.
• Padmapriya: Aquela que gosta de flores de lótus.
• Padmamaladhara Devī: A deusa que usa uma guirlanda de flores de lótus.
• Padmamukhi: Aquela cujo rosto é como uma flor de lótus.
• Padmakshi: Aquela cujos olhos são como uma flor de lótus.
• Padmahasta: Aquela que segura uma flor de lótus.
• Padmasundari: Aquela que é tão bonita como uma flor de lótus.
• Padma: A do lótus.
• Kamala: Moradora do lótus.
• Padmapriya: Aquela que gosta de flores de lótus.
• Padmamaladhara Devī: A deusa que usa uma guirlanda de flores de lótus.
• Padmamukhi: Aquela cujo rosto é como uma flor de lótus.
• Padmakshi: Aquela cujos olhos são como uma flor de lótus.
• Padmahasta: Aquela que segura uma flor de lótus.
• Padmasundari: Aquela que é tão bonita como uma flor de lótus.
Outros de seus nomes mais conhecidos são:
• Vishnupriya: Aquela que é o amada de Vishnu.
• Ulkavahini: Aquela que monta uma coruja.
Seus outros nomes incluem: Manushri, Chakrika, Kamalika, Aishvarya, Lalima, Kalyani, Nandika, Rujula, Vaishnavi, Samruddhi, Narayani, Bhargavi, Sridevī, Chanchala, Jalaja, Madhavi, Sujata, Shreya. Ela também é conhecida como Jaganmatha (“Mãe do Universo”).
• Vishnupriya: Aquela que é o amada de Vishnu.
• Ulkavahini: Aquela que monta uma coruja.
Seus outros nomes incluem: Manushri, Chakrika, Kamalika, Aishvarya, Lalima, Kalyani, Nandika, Rujula, Vaishnavi, Samruddhi, Narayani, Bhargavi, Sridevī, Chanchala, Jalaja, Madhavi, Sujata, Shreya. Ela também é conhecida como Jaganmatha (“Mãe do Universo”).
Nenhuma
descrição da deusa Lakṣmī pode ser completa sem uma menção ao seu
veículo tradicional, a coruja (Uluka). A coruja é um pássaro que dorme
durante o dia e espreita durante a noite. Simboliza a capacidade de ver
aquilo que as outras pessoas têm dificuldade de ver, estando assim
associada à sabedoria. O Bhagavad Gita (II.69) afirma: “Aquilo que é
noite para todos os seres é o despertar para aquele que atingiu a
igualdade; e o tempo no qual todos os seres despertam é noite para o
sábio que contempla.”
YANTRA
Um
Yantra ou diagrama místico é feito geralmente em cobre, prata, ou em
outros metais considerados sagrados e banhados com prata ou ouro. É
utilizado em práticas simples através das quais se pode alcançar e
cumprir seus desejos espirituais ou materiais. Diz-se que as divindades
residem nos Yantras e ao executar o respectivo Puja ou ritual do
Yantra, pode-se, por exemplo, remover os efeitos astrológicos
maléficos, remover negatividades, aumentar o fluxo de influências
positivas, etc.
Ao
fazer um Puja ou prática com os Yantras, por conseguinte, se obtêm
grandes benefícios. Os procedimentos a serem seguidos consistem em
energizar o Yantra dedicado a Lakṣmī:
• Primeiro purifique seu corpo e fique com uma mente clara e positiva.
• Encontre um lugar no chão de frente para o leste, onde você não será perturbado.
• Acenda o incenso ou diya (lamparina) – não importa a quantidade.
• Coloque uma flor e uma fruta fresca no altar.
• Coloque o Yantra no altar, ou local onde você possa vê-lo.
• Em seguida, purifique-se cantando com devoção 21 vezes o seguinte mantra:
Aum Shri Mahalakymaye Namah
• Feche os olhos e concentre-se na divindade. Com toda sinceridade, peça à divindade para lhe conceder os seus desejos, por exemplo, iluminação, libertação espiritual, remoção dos obstáculos, etc.
• Encontre um lugar no chão de frente para o leste, onde você não será perturbado.
• Acenda o incenso ou diya (lamparina) – não importa a quantidade.
• Coloque uma flor e uma fruta fresca no altar.
• Coloque o Yantra no altar, ou local onde você possa vê-lo.
• Em seguida, purifique-se cantando com devoção 21 vezes o seguinte mantra:
Aum Shri Mahalakymaye Namah
• Feche os olhos e concentre-se na divindade. Com toda sinceridade, peça à divindade para lhe conceder os seus desejos, por exemplo, iluminação, libertação espiritual, remoção dos obstáculos, etc.
Embora
a deusa possa conceder iluminação e libertação, geralmente as pessoas
utilizam o Yantra de Lakṣmī para obtenção de prosperidade (material),
sabedoria, fortuna, fertilidade, generosidade, coragem, boa sorte,
proteção de todos os tipos de dores, miséria e problemas relacionados
com finanças.
A
prática diária do mantra indicado acima ajuda a atingir o Siddhi.
Siddhi é geralmente definido como sendo um poder mágico ou espiritual,
para o controle de si mesmo e das forças da natureza, mas Siddhi também
significa perfeição ou pureza no que se busca. Um siddha é um ser
perfeito, que alcançou a realização espiritual.
Outro mantra utilizado para recitação junto com esse Yantra é este:
Om Shrim Hrim Shrim Kamale Kamalaleyi Prasid Prasid
Om Shrim Hrim Shrim Mahalakshmiyei Namaha
Om Shrim Hrim Shrim Kamale Kamalaleyi Prasid Prasid
Om Shrim Hrim Shrim Mahalakshmiyei Namaha
Faça
108 repetições, correspondendo a uma volta completa de um japa-mala
(rosário indiano). Isso leva aproximadamente 40 minutos. O horário da
manhã é o melhor momento para cantar o mantra, principalmente após o
banho. Mas também pode ser realizado à noite, antes do jantar, ou 3
horas após o jantar.
O mantra indicado acima está associado a um dos nomes de Lakṣmī, que é Kamala, que será explicado a seguir.
KAMALA – ABORDAGEM SHAKTA DE LAKṢMĪ
Ela tem uma bonita pele dourada. Ela está sendo banhada por quatro elefantes grandes que derramam potes de néctar sobre ela.
Em suas quatro mãos ela segura duas flores de lótus e faz os sinais de concessão bênçãos e garantindo destemor.
Ela usa uma coroa resplandecente e um vestido de seda. Eu presto reverências a ela, que esta assentada sobre uma flor de lótus em uma postura de lótus.
Em suas quatro mãos ela segura duas flores de lótus e faz os sinais de concessão bênçãos e garantindo destemor.
Ela usa uma coroa resplandecente e um vestido de seda. Eu presto reverências a ela, que esta assentada sobre uma flor de lótus em uma postura de lótus.
Kamala
é uma das dez Mahāvidyas, as formas mais importantes da Deusa no
Tantrismo Shakta. Também denominada por Maa Kamla. Kamala significa
lótus. Tal como acontece com todas as Mahāvidyas, Kamala é uma forma
independente da Deusa: é ela, e não seu consorte, que merece atenção e
adoração. Vishnu quase nunca é mencionado em relação à Kamala.
A
concepção de Lakṣmī como Suprema, como divindade independente, está
mais restrita à escola Pancharatra – uma espécie de sub-seita Tântrica
do Vaishnavismo, que propõe uma abordagem decididamente Shakta de
Lakṣmī, ou seja, uma em que ela é elevada ao status de Divindade
Suprema. Kinsley explica:
“No
cenário da criação no Pancharatra, Vishnu permanece quase totalmente
inativo, relegando o processo criativo para Lakṣmī. Somente Lakṣmī age,
e a impressão em toda a cosmogonia é a de que ela age de forma
independente de Vishnu (embora se afirme que ela age de acordo com seus
desejos). O efeito prático é que, [Vishnu] torna-se tão distante que
Lakṣmī domina toda a visão Pancharatra do divino. Na realidade, ela
adquire a posição de divino Princípio Supremo, a realidade subjacente
no qual tudo repousa, que permeia toda a criação como vontade,
vitalidade e consciência”.
A VERDADEIRA NATUREZA DE LAKṢMĪ
O
texto Pancharatra mais importante é o Lakṣmī Tantra. Esse texto,
escrito em torno do século X d.C., glorifica a deusa Lakṣmī como a
essência de toda a realidade. No capítulo 14 desta obra, a própria
deusa Śrī afirma:
“O
deus Vasudeva [Vishnu] é o Brahman absoluto. Sua essência é o
conhecimento, é indiferenciado em relação ao espaço, ao tempo e às
outras [características], é puro e desprovido de qualidades [gunas].
Sua natureza é a beatitude. Ele é sempre imutável, possui seis
atributos divinos, não envelhece, é eterno. Eu sou seu Poder [Shakti]
supremo, sou a natureza do seu Eu [atmattva], sou eterna e constante.
Meu poder de ação [vyaparashakti] é caracterizado por minha vontade de
criar [sisriksha]. Com uma fração minúscula de mim mesma, dedico-me
voluntariamente a criar, separando-me em duas [partes], uma das quais é
a consciência [cetana] e a outra é o objeto de seu conhecimento
[cetya]. Desses dois, cetana é o meu poder de pensamento [citshakti].
De fato, a consciência, que sou eu, se desdobra tanto os seres
sensíveis quanto os objetos insensíveis. Minha forma real, realmente, é
a consciência absolutamente pura e soberana. Como o caldo da cana de
açúcar, ela [a consciência] se torna mais grosseira pelo contato com os
objetos materiais. No processo de conhecer os objetos materiais, estes
adquirem a natureza da consciência. Assim como o combustível, quando
aceso, é engolfado pelo fogo, da mesma forma os objetos [materiais] que
são penetrados pela consciência adotam sua natureza.”
Assim,
a deusa Lakṣmī é apresentada neste Tantra como o Poder supremo (Shakti)
e a essência de tudo o que existe (inclusive do próprio Vishnu), tanto
dos objetos materiais quanto da consciência, sendo sua essência, no
entanto, não-material. O Lakṣmī Tantra – entre outras coisas – nos
ensina que Lakṣmī tanto cria como está incorporada em todo o Universo
(visível e invisível) a partir de uma fração minúscula de si própria.
Lakṣmī aqui executa todos os atos que no tradicional hinduísmo são
atributos aos grandes deuses masculinos, Brahma, Vishnu e Shiva. Como a
própria Lakṣmī afirma:
“Inerente
ao princípio da Existência, manifestado ou não manifestado, eu sou o
tempo todo o incitador, a potência em todas as coisas. Eu manifesto a
mim mesma como a Criação, eu ocupo a mim mesma com a atividade quando a
Criação começa a funcionar, e eu finalmente me dissolvo no tempo da
destruição. Somente eu envio a Criação adiante para novamente
destruí-la. Eu absolvo os pecados do bom. Como a Mãe Terra para todos
os seres, eu perdoarei todos os seus pecados. Eu sou a Doadora de Tudo.
Eu sou o próprio processo de pensamento e estou contida em tudo”.
No
Lakṣmī Tantra, Lakṣmī (e não Vishnu) é o criador, mantenedor e
destruidor; Ela é o único objeto de devoção e meditação; Ela é a
dispensadora de graça; Ela é a doadora da libertação (50,131-132). E
ainda, por tudo isso, ela mantém sua associação fundamental com
abundância, fertilidade e bem-estar e novamente, como Lajja Gauri, Ela
é a “seiva da vida”, que revitaliza toda a Criação, mas aqui ela também
disse ser a suprema “seiva da consciência” que está por trás do mundo
manifesto inteiro (50,110).
SIGNIFICADO DE KAMALA
Kamala
como deusa do lótus também representa o desenvolvimento da pessoa,
mantendo os sete chakras abertos (os chakras ou rodas são simbolizados
por lótus). Ela sustenta a sadhana, ela é considerada a Deusa do
progresso.
MANTRA DE KAMALA
O bija [semente] mantra de Kamala é um I prolongado. Em sânscrito transliterado, este seria um Ī longo, representado com a linha por cima. Acrescentando um M após o I, forma o som ĪM, que mostra a sua energia na forma bija completa. Este é considerado shakta bija primordial, e este mesmo som aparece em vários bija mantras da Deusa, como Shrīm, Hrīm, Krīm, etc.
O bija [semente] mantra de Kamala é um I prolongado. Em sânscrito transliterado, este seria um Ī longo, representado com a linha por cima. Acrescentando um M após o I, forma o som ĪM, que mostra a sua energia na forma bija completa. Este é considerado shakta bija primordial, e este mesmo som aparece em vários bija mantras da Deusa, como Shrīm, Hrīm, Krīm, etc.
SADHANA DE KAMALA
A prática para invocar e se unir à deusa Kamala, ou a Mahalakshmi, é feita da seguinte forma: Inicialmente, estabeleça a sua resolução, ou sankalpa (resolução interna / estado mental apropriado). Depois repita um dos dois mantras abaixo, utilizando um japa-mala de rudraksha (uma semente indiana) com sete faces, ou então com contas feitas de madeira de Tulsi.
Cante o mantra:
Om Shrim Klim Mahalakshmiyai Namah
Ou então, cante este outro mantra:
Om Shrim Hrim Shrim Kamale Kamalalayai Prasid Prasid Shrim Hrim Shrim
Om Mahalakshmiyai Namah
Esta prática lhe permitirá entrar em sintonia com a deusa Lakṣmī.
FONTES CONSULTADAS:
A prática para invocar e se unir à deusa Kamala, ou a Mahalakshmi, é feita da seguinte forma: Inicialmente, estabeleça a sua resolução, ou sankalpa (resolução interna / estado mental apropriado). Depois repita um dos dois mantras abaixo, utilizando um japa-mala de rudraksha (uma semente indiana) com sete faces, ou então com contas feitas de madeira de Tulsi.
Cante o mantra:
Om Shrim Klim Mahalakshmiyai Namah
Ou então, cante este outro mantra:
Om Shrim Hrim Shrim Kamale Kamalalayai Prasid Prasid Shrim Hrim Shrim
Om Mahalakshmiyai Namah
Esta prática lhe permitirá entrar em sintonia com a deusa Lakṣmī.
FONTES CONSULTADAS:
KINSLEY, David. Hindu Goddesses: Vision of the Divine Feminine in the Hindu Religious Traditions.
COBURN, Thomas B. Encountering the Goddess: a translation of the Devi-Mahatmya and a study of its interpretation.
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A-Deusa-Lakshmi.pdf
http://www.shri-yoga-devi.org/Blog/2013-03-Deusa-Lakshmi.html
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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).
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