Conto arabe
Certa feita, um valoroso e sábio guerreiro árabe, Al Hassim, chefe de numerosa tribo, após
fragoroso combate, diante do espetáculo macabro
que presenciara, do alto de uma montanha orou aos céus :"se for da tua vontade ò todo-poderoso, sacrifica-me para por fim à guerra "!
Houve novos combates e numa tarde, pouco antes da chegada da noite, Al Hassim orou, com fervor redobrado, mas a luta não cessou...
Os membros de sua tribo diminuíam a cada dia sangrento.
Decidiu-se então a combater só. Empunhou a cimitarra e partiu para o campo de batalha.
Ao deparar com o exército inimigo em formação de ataque, bradou: " Vão embora !
Digam aos seus líderes que já basta de tanta matança.Aqui estou para enfrentá-los, a todos " !
Açodou o cavalo, investiu furioso contra as hostes inimigas, estáticas ante a bravura do guerreiro solitário.
O líder adversário, presa de indizível vergonha, ordenou a retirada de suas tropas, dirigindo-se sem escolta ao acampamento árabe, onde celebrou a paz.
Al Hassim galgou a montanha para agradecer ao todo-poderoso. Lá no alto ouviu uma voz que lhe ordenava recolher todos os cadáveres, inclusive os dos inimigos, para sepultá-los naquele lugar.
Árdua era a tarefa de trazer tantos mortos para a montanha. Após o derradeiro sepultamento, Alah fez chover por semanas a fio, ao fim das quais, dos céus, conclamou os chefes dos exércitos para reunir os guerreiros ao redor da montanha.
Ao crepúsculo, os mortos levantaram-se dos seus sepulcros. Ressuscitados,os antigos contendores se abraçaram, tomaram suas montarias e partiram.
Conta-se que ainda hoje, quando se ora em direção àquela montanha, o Anjo da Paz surge no horizonte, ressuscitando todos os que tombaram
em alguma estúpida guerra...
Bruno Ropf
fragoroso combate, diante do espetáculo macabro
que presenciara, do alto de uma montanha orou aos céus :"se for da tua vontade ò todo-poderoso, sacrifica-me para por fim à guerra "!
Houve novos combates e numa tarde, pouco antes da chegada da noite, Al Hassim orou, com fervor redobrado, mas a luta não cessou...
Os membros de sua tribo diminuíam a cada dia sangrento.
Decidiu-se então a combater só. Empunhou a cimitarra e partiu para o campo de batalha.
Ao deparar com o exército inimigo em formação de ataque, bradou: " Vão embora !
Digam aos seus líderes que já basta de tanta matança.Aqui estou para enfrentá-los, a todos " !
Açodou o cavalo, investiu furioso contra as hostes inimigas, estáticas ante a bravura do guerreiro solitário.
O líder adversário, presa de indizível vergonha, ordenou a retirada de suas tropas, dirigindo-se sem escolta ao acampamento árabe, onde celebrou a paz.
Al Hassim galgou a montanha para agradecer ao todo-poderoso. Lá no alto ouviu uma voz que lhe ordenava recolher todos os cadáveres, inclusive os dos inimigos, para sepultá-los naquele lugar.
Árdua era a tarefa de trazer tantos mortos para a montanha. Após o derradeiro sepultamento, Alah fez chover por semanas a fio, ao fim das quais, dos céus, conclamou os chefes dos exércitos para reunir os guerreiros ao redor da montanha.
Ao crepúsculo, os mortos levantaram-se dos seus sepulcros. Ressuscitados,os antigos contendores se abraçaram, tomaram suas montarias e partiram.
Conta-se que ainda hoje, quando se ora em direção àquela montanha, o Anjo da Paz surge no horizonte, ressuscitando todos os que tombaram
em alguma estúpida guerra...
Bruno Ropf
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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).
Agradecida pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.