quarta-feira, 26 de outubro de 2011

SER ZEN





Ser Zen
Por Monja Cohen

Ser Zen não é ficar numa boa o tempo todo,
de papo para o ar, achando tudo lindo sem fazer nada.
Ser zen é ser ativo.
É estar forte e decidido.
E caminhar com leveza, mas com certeza.
É auxiliar a quem precisa, no que precisa e não no que se idealiza.

Ser zen é ser simples.
Da simplicidade dos santos e dos sábios.
Que não precisam de nada.
Nada mais que o necessário.
Para o encontro, a comida, a cama, a diversão, o trabalho.

Ser zen é fluir com o fluir da vida.
Sem drama, sem complicação.
Na hora de comer come comendo, sem ver televisão, sem falar desnecessário.
Sente o sabor do alimento, a textura, o condimento
Sente a ternura (ou não) da mão que plantou e colheu, da terra que recebeu e alimentou, do sol que deu energia, da água que molhou, de todos os elementos que tornam possível um pequeno prato de comida à nossa frente.

Sente gratidão, não desperdiça.
Comer com alegria.
Para satisfazer a fome de todos os famintos.
Beber para satisfazer a sede de todos os sedentos.
Agradecendo e se lembrando de onde vem e para onde vai.

A chuva, o sol, o vento, o guarda, o policial, o bandido, o açougueiro, o juiz, a feiticeira, o padre, a arrumadeira, o bancário e o banqueiro, o servente e o garçom, a médica e o doutor, o enfermeiro e o doente, a doença e a saúde, a vida e a morte, a imensidão e o nada, o vazio e o cheio, o tudo e cada parte.

Ser zen é ser livre e saber os seus limites.
Ser zen é servir, é cuidar, é respeitar, compartilhar.
Ser zen é hospitalidade, é ternura, é acolhida.

Ser zen é o kyosaku - bastão de madeira sábia, que acorda sem ferir, que lembra deste momento, dos pés no chão como indígenas, sentindo a Terra-Mãe sustentando nossos sonhos, nossas fantasias, nossas dores, nossas alegrias.

Ser zen é morrer.
Morrer para a dualidade, para o falso, a mentira, a iniqüidade.

Ser zen é renascer a cada instante.
Na flor, na semente, na barata, no bicho do livro na estante.
Ser zen é jamais esquecer de um gesto, de um olhar, de um
carinho trocado no presente-futuro-­passado.

Ser zen é não carregar rancores, ódios, cismas nem terrores.
Ser zen é trocar pneu, as mãos sujas de graxa.
Ser zen é ser pedreiro, fazendo e refazendo casas.
Ser zen é ser simplesmente quem somos e nada mais.

É ser a respiração que respira em cada ação.
É fazer meditação, sentar-se para uma parede, olhar para si mesmo.
Encontrar suas várias faces, seus sorrisos, suas dores.
É entregar-se ao desconhecido aspecto do vazio.

Não ter medo do medo.
Não se fazer ou, se o fizer, assim o perceber e voltar.
Ser zen é voltar para o não-saber, pois não sabemos quase nada.
Não sabemos o começo, nem o meio, muito menos o fim.
E tudo tem começo, meio e fim.

Ser zen é estar envolvido nos problemas da cidade, da rua, da comunidade.
É oferecer soluções, ter criatividade, sorrir dos erros, se desculpar e sempre procurar melhorar.

Ser zen é estar presente.
Aqui, neste mesmo lugar.
Respirando simplesmente, observando os pensamentos, memórias, aborrecimentos, alegrias e esperanças.

Quando?
Agora, neste instante.
É estar bem aqui onde quando se fala já se foi.
Tempo girando, correndo, passando, e nós passando com ele.

Sem separação.
Ser zen é Ser Tempo.
Ser zen é Ser Existência.
http://saintgermanchamavioleta.blogspot.com/

2 comentários:

  1. Sempre fui esotérica...claro que a página me atraiu sim e gostei do que li, porém eu estou a procura de um significado de um sonho.Sonhei com muitos elefantes marrons morrendo por fome e sede e eu estava desesperada pra ajudá-los, porém minha atenção maior foi dada a um pequeno elefante azul escuro que estava com muita sede e ainda assim eu não conseguia ajudá-lo.
    http://lotuspresentes.blogspot.com.br/
    Será que você poderia me orientar criatura que brilha?

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  2. Querida Lia, infelizmente não sei o significado do seu sonho. Aqui em nosso blog na coluna da direita possui o dicionário de sonhos. Talvez lá você possa descobrir. Muita paz!
    Namastê!

    ResponderExcluir

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).
Agradecida pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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