sábado, 25 de fevereiro de 2012

GENTILEZA SALVADORAS





Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade.
(Alan Kardec. E.S.E. Cap. IX. Item 6.)


Quando você afasta do piso uma casca de fruta deixada pela negligência de alguém, não pratica apenas um ato de gentileza.
Evita que algum desavisado escorregue, sofrendo tombo violento.
Ao ceder o lugar no transporte coletivo a um ancião, você não realiza um gesto de cortesia somente.


Atende a um corpo cansado, poupando as energias de quem poderia ser seu genitor.
Se você oferece braço moço à condução de um volume, poupando aquele que o carrega, não pratica unicamente uma delicadeza.


Contribui fraternalmente para o júbilo de alguém que, raras vezes, encontra ajuda.
Portando a boa palavra em qualquer situação, você não atende exclusivamente à finura do trato.


Realiza entre os ouvintes o culto do verbo são, donde fluem proveitosos e salutares ensinamentos.


Silenciando uma afronta em público, você não atesta apenas o refinamento social. Poupa-se à dialogação violenta, que dá margem a ódios irremediáveis.
Se você oferece agasalho a algum desnudo, não só atende à delicadeza humana, por filantropia.
Amplia a cultura da caridade pura e simples.


Ao sorrir, discretamente, dando ensejo a um desafeto de refazer a amizade, você não age tão-somente em tributo à educação.
Apaga mágoas e ressentimentos, enquanto "está no caminho com ele".


Procurando ajudar um enfermo cansado a galgar e vencer dificuldades, você não procede imbuído apenas de gentileza.
Coopera para que a vida se dilate no debilitado, propiciando-lhe ensejos evolutivos.


Atendendo impertinente criança que o molesta, num grupo de amigos, você não se situa só na formosura da conduta externa.
Liberta um homem futuro de uma decepção presente.


No exercício da gentileza, a alma dilata recursos evangélicos e vive o precioso ensino do Mestre ao enfático doutor da lei, com afabilidade e doçura, quando Ele afirmou: "Vai e faze o mesmo!".


Obra: Glossário Espírita-Cristão
Psicografado Divaldo Pereira Franco
Pelo espírito Marco Prisco
http://saintgermanchamavioleta.blogspot.com/2011/05/gentilezas-salvadoras.html

GENTILEZA É VIRTUDE, NÃO RETRIBUIÇÃO



  Preocupa-me ver as pessoas não perceberem que contribuem com aquilo que desprezam. Explico...
     Vários foram os locais onde vi pessoas do bem postando e compartilhando uma frase que é um verdadeiro sofisma*, a qual diz, em suma, que serão gentis com quem se relaciona com elas se estas forem gentis primeiro. Essa afirmação PARECE dizer que se retribuirá um bom (gentil) comportamento com outro bom comportamento, o que seria, APARENTEMENTE, um estímulo ao relacionamento educado e saudável.
    Mas sou altamente crítica quando a mim mesma e tendo opiniões formadas divergentes de muitos, possuo coragem de dizer publicamente que não é assim.
    Quando conheci o Cristo, uma das primeiras coisas que consegui absorver foi que não se faz ao outro o que não gostaríamos que nos fizessem. Jesus nunca disse em complemento "mas se teu irmão for agressivo, seja igualmente e ele aprenderá". Vejo que atitudes do estilo "te trato como me tratas" somente estimulam a indiferença, o desrespeito, a vingança, o desamor, a desconfiança, provocando um círculo vicioso sem fim.
    Por isso afirmo que ser gentil somente com quem é gentil conosco, ainda que não tenhamos preconceito algum contra eles, é agir contra os preceitos cristãos. Entendo que gentileza é uma VIRTUDE que nasce na alma e é usada sem restrições ou motivações externas, ela existe porque é certo tratar bem o nosso próximo, ainda que ele seja bruto no trato, desagradável no falar, rústico em seus pensamentos, agressivo em sua forma de ser. Sem dúvida não é fácil, ainda, para quem carrega imperfeições fundadas no orgulho, característica da maioria dos indivíduos na humanidade, "engolir em seco" a má educação alheia. Mas enquanto nos permitirmos ser algo que achamos ruim porque o outro nos impõe isso, ou melhor, enquanto nos permitirmos dar apenas em retribuição, nunca sendo os primeiros a exemplificar, não conseguiremos possuir as virtudes que almejamos, a evolução que buscamos, a paz que lutamos por merecer e ver florescer no mundo.
    Quanto aos outros, que sejam como são.
   Quanto a mim, serei o que concluí que é certo ser. Isso significa ser uma pessoa boa sem que ninguém precise sê-lo antes de mim. É para aprender a aplicar isso que estou viva...

____________

* Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular a verdade, apresentando-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica. 

 http://comunidadeponteparaaliberdade.blogspot.com/2012/02/gentileza-e-virtude-nao-retribuicao.html

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