Shiva, meu amigo, ainda agora senti uma saudade grande das pradarias
astrais e dos céus por onde voei outrora, na condição de espírito livre.
Fui tomado por um certa nostalgia espiritual, e logo lembrei-me de Você,
o Senhor dos iogues e de todas as transformações nos planos fenomênicos
da existência.
Então coloquei para tocar um Cd contendo o mantra Maha Mrityunjaya (1).
Ouvindo esse maravilhoso mantra, logo surgiu a vontade de escrever algo,
e por isso vim para o note-book grafar algumas palavras de improviso.
Que Você me inspire a grafar palavras de luz, e que as mesmas possam
viajar até os corações sensíveis à Paz e à Luz, levando aquela atmosfera
espiritual que encanta e faz pensar na grandiosidade da vida em todos
os planos.
* * *
Shiva, dizem que quando você bate a ponta de seu tridente no chão,
surgem os raios que rasgam a escuridão no firmamento. Será por isso que
alguns de seus clarões estão espocando dentro do meu chacra frontal
agora?
Também dizem que Você é o grande transmutador interdimensional e que
através de seu olho espiritual nada escapa à sua percepção cósmica. Será
por isso que sinto agora os seus olhos interpenetrando os meus enquanto
escrevo sem sequer pensar?
Sim, dizem muitas coisas a seu respeito, mas o que sinto agora é o seu
silêncio atravessando os espaços e chegando quietinho aqui em meu
coração. O que sinto é um abraço invisível, terno e firme, de Pai para
filho, de Mestre para discípulo, de Espírito a espírito...
* * *
Penso em Você... O Amor me toca... as lágrimas rolam naturalmente,
enquanto o meu coração se abre ao seu sopro divino. Então, escuto um
coro de vozes angelicais entoando uma canção portentosa, que não entendo
na mente, mas compreendo no coração e sei que atravessa os diversos
planos levando as ondas de compaixão em Seu Nome.
Em algum lugar essa canção está erguendo muitos espíritos caídos nas
trevas da ignorância e do apego após a morte. Não sei onde nem como, só
sei que muitas consciências extrafísicas estão sendo desprendidas da
crosta terrestre por intermédio dessa canção celeste, que não escuto com
os ouvidos, mas dentro da consciência (2).
A canção aumenta, e percebo que ela agora varre até mesmo o meu corpo
físico. Parece que uma energia branquinha viaja velozmente por dentro do
meu corpo. Mergulho nessa sintonia e começo a sentir as emoções dos
espíritos que estão sendo levados pela canção aos templos extrafísicos
de cura. Mesmo ao longe e sem saber os motivos deles, percebo que
estamos ligados na mesma assistência espiritual. Sinto suas emoções e
passo junto com eles as dores de um parto consciencial, as mudanças de
energias e suas transformações, os seus dramas e contendas, e a
necessidade de se esquecer do passado e ascender a outras moradas na
Casa do Pai Celestial.
Choro junto com eles, enquanto uma luz alaranjada sobe da base de minha
coluna até o meio de minha testa, numa explosão suave de compaixão
luminosa. Deixo que essa luz flua para eles com todos os meus melhores
votos de melhoria. Não os vejo, e eles não me vêem, mas estamos ligados
pela canção celeste que ecoa por entre os planos e corações sensíveis à
Paz.
* * *
Shiva Nataraja (3), sua dança muda o padrão das energias e rasga os véus
da ilusão (maya) que cegavam a mente e o coração. No seu movimento, os
homens da Terra e do Espaço ascendem a climas melhores e encetam novos
objetivos em seus rumos evolutivos.
Sabe, eu gostaria de poder passar para as pessoas as ondas de amor dessa
canção que não se escuta por aqui. Essa mesma canção que não entendo,
mas que o meu coração me diz que sua tradução espiritual seria mais ou
menos assim:
“Levantem-se, ó filhos do Espírito Supremo!
É o Senhor Shiva que os convoca.
Venham ter com Ele nas pradarias celestes.
É hora de voltar para a casa de luz.
É hora de esquecer os dramas do passado.
É hora de ascender nesta canção.
Vocês são Shiva! A canção é Shiva!
Nós somos Shiva! Tudo é Shiva!
O Céu e a Terra, os homens e os espíritos, tudo é Shiva!
Tudo é Ele! Tudo é Ele! Tudo é Ele!”
* * *
Shiva, meu amigo, comecei a escrever falando de uma saudade espiritual, e
ela se transformou em assistência espiritual, por sua obra e graça. E
eu só tenho a lhe agradecer, pois a nostalgia passou, e agora ficou só o
amor e essas lágrimas quietinhas que rolam pelas faces, limpando as
energias antigas e renovando a expressão espiritual que emerge no brilho
dos olhos e no rosto.
Lá fora o sol brilha no meio da tarde. Aqui dentro de casa é o meu rosto que brilha.
E em algum lugar do Astral, também brilham agora os rostos extrafísicos de muitos espíritos elevados pela música de Shiva.
Oxalá, esses escritos possam fazer brilhar os rostos dos leitores sensíveis à Luz da Espiritualidade (4).
Shiva, muito obrigado, querido.
P.S.: A primeira parte desse texto está postada na seção de textos
periódicos de nosso site – www.ippb.org.br – É o texto número 407.
- Wagner Borges -
(Sujeito com qualidades e defeitos, 43 anos de “encadernação”,
espiritualista consciente, que não segue nenhuma doutrina criada pelos
homens da Terra, nem ocidental ou oriental, mas que tem muita sorte de
pegar caronas espirituais nas vibrações dos espíritos legais de todas as
linhas, para continuar viajando de mente e coração sempre abertos na
sintonia sadia da Espiritualidade Maior).
São Paulo, 05 de novembro de 2004.
- Notas:
1. Esse mantra é considerado como evocativo da morte do ego (a alquimia
interior, onde morre o homem enferrujado de ego sob o cadinho da
iniciação espiritual, e renasce como homem dourado de amor e
consciência).
Por ignorância, muitos têm medo deste mantra, pois o chamam de mantra da
morte. Porém, como a consciência é imperecível, como poderia ela
morrer? No caso, este mantra de Shiva, o destruidor dos egos, evoca a
morte da ignorância e do apego humanos, no processo de renovação
consciencial e ascensão espiritual. E essa morte é necessária!
Logo, que morra o nosso ego atormentado, e que Shiva venha nos ajudar
nesta transmutação consciencial, para renascermos muito melhor, aqui e
agora!
2. Lembro-me de que essa é uma semana energeticamente pesada, devido ao
dia de finados, que foi há apenas três dias, mas que deixa
formas-pensamento densas poluindo a atmosfera psíquica, mantendo muitos
espíritos doentes agregados ao plano físico e à aura de seus
entes-queridos, que inadvertidamente os atraem com seus apegos e dores
mal resolvidas. E pior do que isso, por incrível que pareça, é o fato de
vários estudantes espirituais também apresentarem o mesmo tipo de
postura apegada, como se não soubessem que no cemitério só ficam os
cadáveres, e que os espíritos ascenderam para aquelas muitas moradas do
Pai Celestial, nos níveis extrafísicos.
Muitas vezes, ao falar sobre essa incoerência espiritualista na
abordagem da morte, mero descarte do veículo de manifestação denso e
evento normal na economia da natureza, sou criticado como se estivesse
falando alguma besteira ou mesmo sendo radical nessa questão. No
entanto, o que é estranho é o fato das pessoas estudarem os temas
espirituais e falarem constantemente de vida após a morte, mas na hora
em que perdem algum ente querido, elas se esquecem de tudo e evidenciam
que seus estudos eram só teóricos, sem embasamento consciencial firme.
Há alguns que, nessa hora, choram mais do que muitos materialistas e se
revoltam, como se não soubessem da imortalidade da consciência. Outros
vão ao cemitério visitar os cadáveres ocos de consciência, mesmo
estudando espiritualmente, e ficam danados da vida quando alguém fala
algo a respeito, como se eles mesmos não soubessem que o cemitério não é
o lar de nenhum espírito, e que a vida continua... mesmo que muitos
estudantes espirituais pareçam negar tudo por causa das emoções
momentâneas de uma perda.
Sim, a vida continua além da queda do corpo, e a referência da pessoa
amada que partiu não é a tumba número tal no cemitério do bairro. De
jeito nenhum!
Quem quiser visitar a pessoa amada, que saia do corpo e vá visitá-la no plano astral, lar dos espíritos, sempre vivos.
3. Shiva: Na Cosmogonia hinduísta, o Divino é representado por três
aspectos fenomênicos: Brahma - O Criador, Vishnu - O Preservador, e
Shiva - O Transformador.
Shiva é o senhor de todas as transmutações na natureza, é o senhor das
energias e de todo movimento vital. Em muitas representações simbólicas,
Ele é representado como o "Nataraja", O Dançarino Divino que faz o
universo vibrar e girar em sua eterna dança cósmica. Por isso algumas
imagens O mostram dançando dentro de uma roda (o universo).
- Tridente de Shiva: Dentro do contexto hinduísta, as energias se
manifestam no plano fenomênico da existência em três aspectos
vibracionais: Rajas (atividade), Tamas (inércia) e Sattva (equilíbrio ou
pureza).
O tridente que Shiva carrega, expressa essas três manifestações vitais
(cada uma das pontas do tridente é uma das expressões energéticas).
Sendo o Senhor das energias, nada mais natural do que Ele "portar nas
mãos" o controle de suas manifestações.
Num contexto ainda mais esotérico, as três pontas do tridente também
representariam os três nádis (condutos sutis – Ida, Píngala e Sushumna)
que correm ao longo da coluna, e que são muito importantes na circulação
da energia pelo corpo energético e nos processos de ascensão da
Kundalini.
Inclusive, é muito comum vermos imagens de Shiva com diversas cobras
najas penduradas pelo seu corpo. Elas representam a sabedoria, da qual
Ele está repleto. Também representam a expansão da consciência
(consciência cósmica, samadhi) nos processos ascensionais da Kundalini
(Shakti).
Aqui por e-mail fica difícil explicar esses mecanismos bioenergéticos tão conhecidos dos iogues de todos os tempos e linhas.
Obs.: Alguns fundamentalistas cristãos associaram o tridente do Shiva e
as cobras najas (que são apenas simbolismo iogue) à figura do diabo. E
aí nem precisa dizer da confusão que eles fazem com isso, oriunda
diretamente da falta de informação (ou, em alguns casos, de má intenção
mesmo).
- Mahadeva: Maha: Grande, Vasto, Imenso – Deva: Divindade, Ser Celestial.
Logo, Mahadeva significa "Grande Divindade", "Grande Ser Celestial", "Grande Deus".
- O olho aberto na testa de Shiva representa o "olho espiritual", que tudo vê.
- OM: O Verbo Divino (Shabda ou Pranava), A Vibração do Todo permeando a
tudo, o mantra que na tradição hinduísta é associado à vibração divina
da palavra criadora do Supremo.
- Om Namah Shivaya: é um dos mantras evocativos de Shiva. É um dos mantras mais populares da Índia.
EXPLICAÇÃO SOBRE O MANTRA “MAHA MRITY UNJAY”
Dentro de cada um de nós existe um espaço de pura felicidade. Nenhum
estresse. Nenhuma preocupação. Nenhuma doença. Somente felicidade. E é
possível para nós nos conectarmos com esse espaço divino. Com uma
técnica secular. O Mantra Maha Mrityunjay.
Um mantra tão poderoso que ao cantá-lo ele cria uma vibração divina no
interior de nosso ser. Esta vibração acende um fogo interior que consome
toda a nossa negatividade e purifica todo o nosso sistema, deixando-nos
calmos, em paz, felizes.
Conforme o poderoso som cósmico deste mantra pulsa através de cada
célula, cada molécula de nosso corpo, ele rasga o véu da ignorância que
nos faz acreditar que nós somos incompletos. E nos torna conscientes da
nossa própria divindade.
É um mantra que é tido como rejuvenescedor. Evoca saúde e riqueza. Uma
vida longa. Paz. Prosperidade. Contentamento. Imortalidade. Diz-se que o
entoar deste mantra cria um poderoso escudo protetor que afasta todo o
mal. E acredita-se que protege aquele que o canta, contra acidentes e
infortúnios de todo tipo. Diz-se também que ele tem um poderoso efeito
curativo sobre as enfermidades.
É uma oração para o Senhor Shiva, o mais poderoso, o mais inacessível e
ao mesmo tempo, o mais “bhola” (inocente) dos Deuses. O Criador. O
Destruidor. O Asceta. O objetivo do sadhana (disciplina espiritual).
Conhecido como o Mantra Moksha (Libertação) do Senhor Shiva, o Maha
Mrityunjay evoca o Shiva interior e afasta o medo da morte,
liberando-nos do ciclo da morte e do renascimento.
Quando cantar: É de grande benefício cantar este mantra com amor e
devoção no Brahma Muhurata. Mas você também pode cantá-lo a qualquer
momento num ambiente puro, com benéficos resultados.
MAHA MRITYUNJAY
Om Tryambakam Yajamahe
Sugandhim Pusti-vardhanam
Urva-rukam-iva Bandhanat
Mrtyor-Muksiya ma-mrtat
TRADUÇÃO DO MANTRA
SIGNIFICADO:
OM. Nós veneramos o Senhor Shiva (aquele dos três olhos) que é cheio de
fragrância e que nutre todos os seres; que Ele possa me libertar da
morte, em favor da imortalidade, assim como o pepino maduro é arrancado
da sua prisão - da trepadeira.
Este mantra é uma oração ao Senhor Shiva que é invocado como Sankara e
Trayambaka. Sankara é Sama (bençãos) e Kara (o doador). Trayambaka é
aquele dos três olhos (onde o terceiro olho significa o doador da
sabedoria que destrói nossa ignorância e nos liberta do ciclo da morte e
do renascimento).
4. Concluindo esses escritos, posto na seqüência um texto extraído do
meu livro “Viagem Espiritual III”, devido a sua correlação com estes
textos atuais.
DESPERTANDO AS CONSCIÊNCIAS
As pessoas que vivem na Terra sem a noção da própria imortalidade (e dos
potenciais espirituais residentes nelas mesmas) são verdadeiros
cadáveres ambulantes.
Quando a morte secciona o cordão prânico* e desativa seus invólucros
densos, essas pessoas não flutuam para as dimensões espirituais. Pelo
contrário, ficam manietadas às vibrações da Mãe Terra. São tomadas,
então, de estranha inércia consciencial, verdadeiro "coma espiritual",
permanecendo alheias à vida interdimensional.
Porém, o "PAI-ESPÍRITO" as quer de volta ao plano espiritual. Ele diz: "Chega de ego e de inércia! ACORDEM!"
O som tonitroante de Brahman vai direto a seus centros cardíacos,
despertando-as para a realidade da consciência solta além da matéria.
Abençoados são aqueles que conhecem um pouco da Espiritualidade, pois já
se livraram da doença espiritual da inércia e sabem que a vida é
infinita e que apresenta bilhões de possibilidades de crescimento.
ESSES ESTÃO ACORDADOS!
OM TAT SAT! (2)
- Old Star (3) -
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges - Texto extraído do livro "Viagem Espiritual III" - Editora Universalista - 1988).
- Notas:
1. Cordão prânico: cordão de prata; é o elo de ligação entre o corpo sutil e o corpo denso.
2. Om Tat Sat (do sânscrito): Tríplice designação de Brahman, O Supremo,
O Absoluto, O Grande Arquiteto Do Universo. Como mantra, pode ser usado
na concentração e ativação dos chacras.
3. Old Star (do inglês): "Velha estrela". O amparador hindu que me
passou este texto, prefere se chamar assim, em inglês mesmo. "Velha
estrela" significa alguém que veio das estrelas e que é muito antigo no
trabalho espiritual.
CANÇÃO DA LIBERTAÇÃO
(O Chamado de Shiva, O Supremo Transmutador*)
Lá vem Ele, o Senhor das Transformações...
Lá vem Ele... Shiva!
O Senhor dos iogues...
O Senhor das energias...
Quando Ele balança sua cabeça, para ver em todas as direções, Dos seus
cabelos molhados se desprendem milhares de gotinhas luminosas, Que
entram pela terra, principalmente no solo dos cemitérios, E no espaço
dos crematórios...
E suas gotinhas vão limpando a terra,
Lavando os elementos subterrâneos...
E soltando os espíritos cativos, presos à Terra.
Ele é o rompedor das ligações vitais,
O Supremo transmutador...
Ele anda pelos cemitérios sepultando as vaidades humanas E libertando os espíritos...
Ele é a chama que consome os cadáveres na cremação, E desprende os espíritos, de volta para casa, no Eterno...
Lá vai Ele, O Supremo Destruidor da ignorância...
Lá vai Ele...
Os seus olhos são semelhantes a dois sóis, Mas, é o terceiro olho que brilha mais.
É o terceiro olho, o portal para outras realidades...
A Canção de Shiva é a canção da liberdade e da imortalidade!
Lá vai Ele, soltando os espíritos...
Lá vai Ele, despertando-os para outras realidades, Além da carne, na luz da imortalidade.
Lá vai Ele, Om Namah Shivaya!
Lá vai Ele...
P.S.: Essa canção me foi passada espiritualmente por um dos amparadores
extrafísicos do grupo dos Iniciados, durante um trabalho de ativação de
chacras e de irradiação de energias, realizado com os 140 participantes
do grupo de estudos e assistência espiritual do IPPB.
Agradeço a minha amiga Elza, por ter gravado o momento e depois ter disponibilizado o seu tempo para transcrevê-la.
- Wagner Borges –
São Paulo, 29 de junho de 2005.
- Nota:
* Para melhor compreensão do leitor sobre Shiva e o mantra Om Namah
Shivaya, deixo na seqüência um texto esclarecedor (já postado pelo site
há alguns anos):
SHIVA, O TRANSMUTADOR INTERDIMENSIONAL
Dizem que o Sr. Shiva* é o senhor dos crematórios (e dos cemitérios).
Mas não é que Ele goste de cadáveres. É somente porque Ele é o
TRANSFORMADOR DAS CONSCIÊNCIAS, o rompedor de cordões de prata, o
transmutador interdimensional que leva as almas de volta para a casa
espiritual.
E tem mais: Ele também é conhecido como o destruidor (dos egos). É por
Sua ação (carma) que a arrogância dos homens é detonada. E é também por
Seu amor, que a vida é renovada e os homens têm novas oportunidades de
crescimento.
Ele anda por entre os restos mortais dos homens, mas porta a VIDA!
Ele rompe os cordões de prata, mas está cheio de compaixão.
Ele leva as almas para o plano espiritual, mas está sorrindo por entre as dimensões.
Ele é o Sr. Shiva, senhor da vida e da morte dos homens, e não é possível defini lo pelos limitados parâmetros humanos.
Só se sabe que Ele anda pelos crematórios e cemitérios "queimando e
enterrando" as vaidades humanas e desprendendo as almas com Sua energia
purificada.
Ele é o destruidor (de corpos) e purificador das almas.
Em suma, Ele é movimento interdimensional de todos os seres.
OM NAMAH SHIVAYA!
- Wagner Borges -
- Nota:
* Shiva (do sânscrito): no Hinduísmo, O Divino é representado em três
aspectos fenomênicos em sua manifestação vital: Brahma (O Criador),
Vishnu (O Preservador) e Shiva (O Transformador).
Normalmente Ele é traduzido como o Destruidor Divino, pois é por sua
ação que ocorre a transformação dos elementos, energias e consciências.
Aquilo que é criado e preservado, um dia morrerá, para poder renascer e
seguir o fluxo evolutivo. No entanto, nada no universo morre realmente,
só há mudança de plano e padrão vibracional. A energia não nasce e nem
morre, só é transformada.
Shiva é o representante divino dessa transformação inexorável de todas
as coisas. Ele também é conhecido como "NATARAJA", o Divino Dançarino.
Ele dança na luz e faz a roda da existência mover-se no infinito. Por
isso, Ele sempre é associado a eventos de transmutação interdimensional e
consciencial.
O mantra dessa ação transformadora de Shiva é "OM NAMAH SHIVAYA".