sexta-feira, 23 de março de 2012

COMO DECIFRAR O MAPA ASTRAL





A vida é uma viagem. E o mapa astral é o mapa de onde queremos ir. Detalha-nos as direções que queremos explorar, os desafios que vamos encontrar e os presentes que temos para dar aos outros.

De início os indicadores podem ser muito intimidantes. Planetas, signos, aspectos, casas são apenas o básico. Depois temos a acrescentar os asteróides, os midpoints, as regências, os trânsitos e as progressões, e a astro*carto*grafia, sinastria e numerosas outras técnicas e aplicações. Onde começar? E onde acabar? O melhor para encontrar sentido para isto tudo é compreender em como tudo faz parte de um ciclo.

Quando olhamos para os componentes astrológicos como uma parte de um processo evolutivo que faz, o puzzle que parece desconexo entra então numa perspectiva de uma mesma coisa. Este é o último objetivo no estudo da Astrologia. Entrar numa relação consciente e do Todo - as relações entre as diferentes partes de nós próprios, dos outros, e com o próprio Universo.

A configuração do mapa ilustra este objetivo. O código cósmico da viagem da vida é estruturado num círculo, o antigo símbolo da totalidade. Combinado com as quatro direções isso forma a mandala, o símbolo arquétipo da integração. "Mandala" tem origem na palavra do sânscrito que significa círculo ou centro. As Mandalas são dispositivos centrais e revelam tanto o centro da nossa individualidade, como a ligação à Fonte, ao Centro Maior.

Os componentes principais da astrologia (signos, planetas, casas, aspectos) derivam deste grande círculo. Os doze signos do zodíaco ("roda da vida") abrangem um círculo arquetípico de desenvolvimento. Cada signo assinala qualidades particulares necessárias à evolução da consciência. Da identidade pessoal (Carneiro) até à consciência transpessoal (Peixes), cada signo expande a aprendizagem do signo que o antecedeu e a preparação para a fase seguinte. Cada um deles correlaciona o anterior, o seguinte, o oposto e a todos os outros signos pelas suas posições relativas na progressão.

As doze casas ligam-se umas às outras um pouco da mesma forma que os doze signos, construindo em cada uma e progredindo em experiências. Elas diferem no ambiente que representam e nas atividades que mais diretamente conduzem às energias simbolizadas pelos planetas e signos. Mas a progressão das casas assemelha-se também à dos signos. Cada um está relacionado com a anterior, a posterior e a oposta, bem como a todas as outras.

A posição relativa dos planetas simboliza também a evolução progressiva da consciência. Quanto maior a distância do Sol, maior necessidade de consciência para a expressão das qualidades. Cada planeta é uma porta ou entrada para uma compreensão mais interna, que apenas pode surgir através de um conhecimento de um nível anterior.

Os aspectos formam também um ciclo progressivo de desenvolvimento. A Conjunção é o início de um novo ciclo, tal como Carneiro e o Ascendente simbolizam novos começos. Uma oposição é análoga ao signo oposto, Balança e o Descendente, o equilíbrio entre eu e o outro. As fases da Lua ilustram maravilhosamente esta progressão. A Lua muda constantemente, num desenvolvimento ordenado, crescente e minguante, que, tal como as Estações, faz eco do ciclo dos signos, planetas e casas.

A compreensão deste processo fundamental e contínuo é um dos pontos chave na Astrologia. Compreender o poder dos símbolos e as suas qualidades multidimensionais é outro dos aspectos. Os símbolos são como cores e tonalidades que estimulam o inconsciente e abarcam muitos níveis de significado e interpretação. Temos que usar tanto o nosso lado direito como esquerdo do cérebro para decifrarmos o mapa. Em última instância a Astrologia é uma ferramenta de acesso à sabedoria intuitiva, conduzindo a um desenvolvimento de consciência que transcende a dualidade e conduz ao Todo. Síntese. Peixes. Mas primeiro temos que passar através de todo o zodíaco...

Pistas para o explorador astrológico do Zodíaco:

Carneiro -> Manter uma "mente curiosa" o mais possível. Lembre-se que pode aprender sempre mais, especialmente no básico. Ler o mais que possível, mas da sua maneira.

Touro -> Usar os sentidos. Reparar nos arquétipos à sua volta. Uma flor não lhe lembra Vênus? E uma televisão não lhe lembra Urano?

Gêmeos -> Astrologia é uma linguagem. E tal como uma linguagem, quanto mais lhe falar, mais ela lhe fala. Pense em imagens, símbolos, metáforas. Uma imagem vale mais do que 1000 palavras.

Caranguejo -> Sinta. Repare nas suas mudanças quando a Lua muda de signo. Sinta a diferença entre o sonho de Peixes e a ação de Carneiro.

Leão -> Divirta-se! Faça astrodrama com os amigos ou na sala de aulas. Aprenda o seu argumento cósmico dando voz a cada um dos planetas e escrevendo-lhes os diálogos. Jogue em diferentes cenários!

Virgem -> Analise, analise, analise. Coloque de lado e volte a juntar tudo. Comece com um planeta, depois junte um signo, uma casa e os aspectos, até que comece a formar um "quadro".

Balança -> Compare o seu mapa com o de outros. Imagine o que seria ter esses mapas, ou ser o oposto daquilo que você pensa que é.

Escorpião -> Seja um detetive. Pesquise as datas de nascimento de amigos, amantes e parentes e veja como os símbolos encaixam na sua experiência e percepção deles e do que eles dizem a respeito de si próprios.

Sagitário -> Descubra a sua verdade. Lembre-se apenas que cada pessoa tem também as suas verdades. Muito mais importante do que ter a resposta certa é fazer a pergunta certa.

Capricórnio -> Use a Astrologia responsavelmente. O que diz ou como o diz pode magoar ou ferir. Se alguém lhe pedir para ver o mapa, saiba os seus limites e respeite-os.

Aquário -> Globalizar. Encontre ou forme um grupo de estudos. Assista a palestras e conferências de Astrologia. Trabalhe para reformar a imagem da Astrologia.

Peixes -> Tenha compaixão. Entenda que tudo tem o seu lugar na criação e que se faz o melhor possível. Relaxe, tenha fé, sonhe e abra o seu coração.


 Flávio Pedro dos S. Pita
(Traduzido do original de Stephanie Austin)
ttp://horoscopovirtual.bol.uol.com.br

2 comentários:

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).
Agradecida pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.