sexta-feira, 13 de maio de 2011

POEMA COROA DE PRETO VELHO



Coroa de Preto-Velho

A fumaça que sai do meu cachimbo,
forma nuvens quando encontra o céu,
e das lágrimas que me caem do rosto,
nascem rios que correm sem gosto,
formando na terra o mais belo ilhéu.

Sou preto, sou velho, fui escravo,
fui por Deus coroado.

Hoje espalho no mundo mensagens de fé,
trazendo esperança com minha humildade,
deixando sementes de caridade,
secando a mentira e regando a verdade.
Trago comigo arruda e guiné,
caminho descalço em cima de espinho,
quebro mironga e curo doença,
habito cabana ao pé de cruzeiro,
trabalho aqui e no mundo inteiro.

Sou preto, sou velho, fui escravo,
venho por Deus ordenado.

Almada, 31 de Janeiro de 2009 © Paulo lourenço “Ramiro de kali”
 http://poesia-de-ramiro-de-kali.blogspot.com/2009/03/poema-coroa-de-preto-velho.html

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).
Agradecida pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.