quinta-feira, 22 de setembro de 2011

MIRABAI

MIRABAI - Poetisa e Santa bhakti hindu - 1498-1547.

Mirabai (hindi: मीराबाई; gujarati: ಮೀರಾಬಾಯಿ) (1498-1547) (outras transliterações Meera; Mira; Meera Bai) foi a mais importante poetiza hindu da Índia medieval e juntamente com Tulsidas uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento do idioma hindi moderno, especialmente do dialeto rajastani. Seus poemas e canções, a pesar de forte apelo popular, são tema de estudos acadêmicos e de debates entre eruditos hindus da atualidade, dada a importância histórica e literária de sua obra.

Seus poemas e canções, denominados bhajans fazem parte da tradição religiosa denominada bhakti, ou do amor devocional, dirigido principalmente a Krishna. Juntamente com Tukaram, Kabir, Guru Nanak, Tulsidas, Ramananda e Caitanya, Mira é considerada um dos expoentes da tradição hindu de bhakti.

Mira nasceu como uma nobre (da casta dos xátrias), no Rajastão e fazia parte de um dos mais importantes clãs locais, os Rajputs. Ela casou-se com o príncipe Bhoj Raj e se tornou a rainha de Chittor, a cidade estado tida como a mais importante de todo Rajpur.

A sua imensa devoção por Krishna a fez desposá-lo em segredo e com a morte de seu esposo ela se recusou a cometer sati. Essa atitude fez com que o regente do trono passasse a perseguir Mira, tramando por sua morte e tentando levá-la a cabo por algumas vezes.

Mira abandou a corte e passou a peregrinar pelos locais sagrados ligados à vida de Krishna, tais como Mathura, Vrindavana e Dwarka, compondo os seus poemas e cantando os seus bhajans, em grande êxtase devocional, até que por fim ela milagrosamente foi absorvida por uma deidade de Krishna em Dwarka.
NÃO ME DEIXES SOZINHA:
Não me deixes sozinha, uma mulher indefesa. Minha força, minha coroa, sou vazia de virtudes, Tu, oceano delas. Música do meu coração, tu ajudas-me no meu mundo complexo. Tu protegeste o rei dos elefantes. Tu dissolves o medo do terrífico. Onde posso ir... Fonte: http://poeticia.blogspot.com/search/label/Mirabai

ENQUANTO O MUNDO DORME:
Enquanto o mundo dorme eu permaneço acordada.
Num glorioso palácio de prazer sento-me vigilante
e vejo uma rapariga abandonada com uma grinalda de lágrimas que passa a noite a contar as estrelas a contar as horas que a separam da felicidade.
Se eu soubesse que o amor e o desespero andam sempre de mãos dadas teria pegado num tambor e iria proclamar pela cidade que o amor foi banido para sempre. Fonte: Tradução de Jorge de Sousa Braga - Site: http://josemariaalves.blogspot.com/2009_11_01_archive.html

OCEANO DE TRANSMIGRAÇÃO:
Nós não obtemos uma vida humana só por pedirmos. Nascimento sob um corpo humano é a recompensa por boas ações em nascimentos anteriores. A vida flui e reflui imperceptivelmente, não permanece para sempre.
A folha que uma vez caiu não volta ao ramo.
Olha o Oceano de transmigração com a sua rápida, irresistível maré. Ó Lal Giridhara (Krishna), ó piloto da minha alma, conduz rapidamente a minha barca para a outra margem. Mira é a escrava de Lal Giridhara.
Ela diz: a vida dura, mas apenas uns dias. Fonte:budismo-porto-de-encontro.blogspot.com/.../o-precioso-nascimento-humano.html

SOMENTE O AMOR:
Se, pelo banho diário, Deus pudesse ser conhecido, eu depressa me tornaria uma baleia no oceano profundo; se comendo raízes e frutos, Ele pudesse ser apreendido, alegremente, eu escolheria a forma de uma cabra; se o desfiar de rosários O descobrisse, em gigantescas contas diria minhas preces; se me curvar ante imagens de pedra O revelasse, humildemente adoraria uma montanha de sílica; se bebendo leite, o Senhor pudesse ser ingerido, muitos bezerros e crianças O conheceriam; se abandonando a esposa, alguém pudesse intimar Deus a visitá-lo, não haveria milhares de eunucos?
Mirabai sabe que para encontrar o Deus único é indispensável somente o Amor. Fonte: http://www.ippb.org.br/

A NOITE INTEIRA ACORDADA:
Tenho estado contando as estrelas e passado a noite inteira acordada. Quando chegará a hora de ser feliz, Oh, Deus? Meu Senhor encontrai-me e não Vos separeis de mim, jamais. Oh, Senhor, desde que me separei de Vós, tenho estado inquieta. Se ouço hinos em vosso louvor, minha mente fica agitada, pois só encontro consolo nas canções do intenso desejo por Vós. Com os meus olhos totalmente abertos, fico olhando para o caminho (por onde Vós devereis vir) e a noite tem-se tornado tão longa quanto a metade de um ano. A quem devo contar a história da minha solidão? Oh, meu amigo, a quem devo relatar a história de minha solidão e do meu intenso desejo? Isso está despedaçando o meu coração como uma serra. Quando o Senhor de Mira o encontrará e concederá a ela a alegria pela remoção da angústia? Fonte: A Filosofia dos Mestres – Huzur Maharaj Sawan Singh Ji – Associação Radha Soami Satsang Beas Portugal.

PEÇO-TE:
Quem está aí para entender minha dor?
Como o lótus sem água, como a noite sem lua, assim me sinto sem Ti.
Como o peixe não vive sem água eu não sobreviverei sem Ti.
Que farei? Estou inválida, lágrimas afloram a meus olhos.
Sem encontrar-te, ó Senhor, meu coração não terá paz.
Permanecerei batendo à Tua porta. Peço-te, abre-a. Fonte: O Segredo da Mente – Avadhutika Ánandamitrá Ácaryá.

ESTRANHOS CAMINHOS:
Que estranhos são os caminhos do destino. Apesar de ter os olhos enormes o veado perde-se na floresta A garça real tem o canto estridente mas é doce o canto do cuco. Corre nos rios a água pura mas o mar torna-a salgada. Os idiotas instalaram-se no trono enquanto os sábios mendigam de porta em porta. O mestre de Mira é Giridhara. O rei persegue os amantes de Deus
Fonte: "O Amor chegou com as chuvas" Apres. e versões Jorge Sousa Braga - Assírio & Alvim 2009 - Site: anaassuncao.multiply.com/journa

OFERECIMENTO:
Oh! meus amigos, o que vocês podem me contar sobre o amor, cujos caminhos estão repletos de estranhamento.
Quando você oferece àquele que é maior o seu amor, no primeiro degrau o seu corpo é absolutamente triturado, da próxima vez esteja pronto para oferecer sua cabeça como seu acento, esteja pronto para orbitar a sua lâmpada como uma vespa se dando para luz.
Esteja pronto para viver no corpo da gazela enquanto ela corre para a chamada do caçador.
Para viver no corpo de uma pomba que engole carvão quente pelo amor da lua.
Para viver no peixe que quando retirado do mar, morre feliz.
Como uma abelha que fica encarcerada uma vida inteira dentro da flor que se fecha. Mira se ofereceu para o senhor, ela diz um único lótus vai te engolir inteiro. Fonte: www.woolger.com.br/poemas_woolger_brasil.doc


http://lucio-vergel.blogspot.com

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