sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

YOGANANDA



O pai da ioga no Ocidente Paramahansa Yogananda, o sábio iogue, deixou como legado técnicas de meditação capazes de revitalizar o corpo e ensinamentos para alimentar a alma.
Ele morreu há mais de um século e não é exagero dizer que seus conhecimentos são atemporais e até hoje influenciam milhares de pessoas no Ocidente. Sim, foi graças a Paramahansa Yogananda que a ioga chegou até nós. Nascido em 1893, em Gorakhpur, na Índia, com o nome de Mukunda Lal Ghosh, Yogananda parecia intuir desde pequeno que sua passagem na Terra deixaria marcas importantes. Em seu principal livro Autobiografia de um Iogue (ed. Self-Realization Fellowship) publicado pela primeira vez em 1946, e já traduzido em 25 idiomas, é possível perceber que seus conhecimentos acerca da espiritualidade eram inatos. “Nas minhas recordações mais antigas lembro-me claramente de uma existência longínqua - a de um iogue entre as neves do Himalaia. Esses indícios do passado, graças a um elo imensurável, permitiram-me também vislumbres do futuro”, afirma em seu livro.

Porém, foi com o Swami Sri Yukteswar que, aos 17 anos, Yogananda desenvolveu seu lado espiritual em toda plenitude. Com o mestre, ele aprendeu a técnica da kriya ioga, um sistema de meditação avançado derivado da raja ioga, capaz de revitalizar o organismo, fazendo com que a energia vital circule livremente pelos chacras, expandindo a consciência. Durante dez anos, o iogue ficou em treinamento com o sábio, tornando-se monge da venerável Ordem Monástica dos Swamis da Índia. Pela conquista, teve o direito de escolher seu nome: Yogananda (ananda, que significa bemaventurança, yoga, por meio da união divina). Em 1917, fundou a escola Arte de Viver, em que modernos métodos educacionais combinavam-se com treinamento em ioga e espiritualidade. Ao visitar o local, em 1925, Mahatma Gandhi ficou impressionado. Dez anos depois, em seu segundo encontro com Yogananda, Gandhi pediu que ele o iniciasse, assim como a seus discípulos, na kriya ioga.

Da Índia para o mundo
A grande virada de sua vida ocorreu na década de 20 durante o Congresso Internacional sobre Religiões Liberais, em Boston. Ali, percebeu que sua missão era levar a ioga para a América. Nesse ano, fundou a Self-Realization Fellowship, organização que até hoje dissemina seus ensinamentos em todo o mundo. Em 1925, Yogananda mudou-se para Los Angeles e passou as três décadas seguintes trabalhando arduamente na divulgação de seus conhecimentos por meio de palestras, conferências e viagens. Por onde passava, o guru conquistava mais adeptos. Diante de sua notoriedade, em 1927 foi recebido oficialmente na Casa Branca pelo presidente Calvin Coolidge.

Assim como sua vida, sua morte também foi cercada de acontecimentos difíceis de serem explicados pela ótica ocidental. Yogananda faleceu em 7 de março de 1952, aos 59 anos, em Los Angeles, após fazer um discurso para dezenas de pessoas num banquete em homenagem a Binay Ranjan Sen, embaixador da Índia nos Estados Unidos. Dizem os testemunhos que, no momento do término de sua fala, seu corpo deslizou para o chão e ele entrou em mahasamadhi (o momento mais elevado da trajetória de um iogue, em que ele abandona conscientemente seu corpo). Durante quase um mês, foi velado em um retiro espiritual, até a chegada de devotos indianos. Por todo esse período ele permaneceu imutável, sem o menor sinal de decomposição.


Principais preceitos de Yogananda
• A meditação é o principal instrumento para quem busca manter uma vida equilibrada e em absoluta sintonia com o Divino.
• Devemos nos guiar pelo estímulo à simplicidade e ao pensar com elevação.
• Precisamos nos lembrar da superioridade da mente sobre o corpo e da alma sobre a mente.
• A respiração consciente é uma forma poderosa e eficiente de recarregar a energia vital, acalmar a mente e o corpo.
• O desenvolvimento da verdadeira intuição é o caminho mais seguro para o discernimento e para escolhas guiadas com mais sabedoria.
• É importante regular a ambição pessoal para que ela não entre em desacordo com os interesses da sociedade.
• A necessidade de converter a ganância de possuir pela alegria de compartilhar precisa orientar nossas escolhas.


Fonte: Omnisciência – Cultura para Paz
http://www.autobiografiadeumiogue.com/
http://www.almasdivinas.com.br/links/mestres_self_realization_fellowship.htm
http://yogaganapati.blogspot.com

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